Bancada feminina cresce entre distritais e no Senado

Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Apenas quatro dos 24 deputados distritais eleitos são mulheres. Mas a bancada feminina aumentou na Câmara Legislativa. Hoje conta com Arlete Sampaio (PT), Jaqueline Silva (Agir) e Júlia Lucy (União). Agora, além de Jaqueline, que foi reeleita, há três novas deputadas: Dra. Jane (Agir), Paula Belmonte (Cidadania) e Dayse Amarilio (PSB). No Senado, agora são duas mulheres: Leila Barros (PDT) e Damares Alves (Republicanos) ao lado de Izalci Lucas (PSDB). Na bancada de deputadas federais, eram cinco mulheres. Agora são apenas duas: Érika Kokay (PT) e Bia Kicis (PL), que foram reeleitas. E no GDF, também houve uma novidade. A vice-governadoria agora está nas mãos de uma política, Celina Leão (PP).

Votos nos extremos

A análise que políticos têm feito da eleição é que houve uma concentração de votos nos candidatos ligados aos dois pólos. Quem fez campanha sem associar o nome a Lula ou a Bolsonaro se deu mal no DF. Com 214.733 votos, a deputada Bia Kicis (PL-DF) — que tem a cara do presidente — mais que dobrou a votação. Teve 128.318 votos a mais. No outro extremo, Érika Kokay (PT-DF) também cresceu. Com 146.092 votos, a petista conquistou 56.106 votos a mais que em 2018.

Deputados por um mês
Suplentes de deputado federal, Professor Paco (União) e Tadeu Filippelli (MDB) terão o gostinho de assumir o mandato por um mês em janeiro, quando as titulares, Paula Belmonte (Cidadania) e Celina Leão (PP) tomarem posse nos mandatos às quais foram eleitas, distrital e vice-governadora. Para Filippelli, que já exerceu o cargo três vezes, não faz tanta diferença. Para Paco, será uma oportunidade, mesmo rápida e no recesso parlamentar.

PV incomodado
No PV, há um incômodo pela permanência de Sarney Filho no governo do DF como secretário de Meio Ambiente depois que o governador Ibaneis Rocha (MDB) declarou apoio no segundo turno ao presidente Jair Bolsonaro. Sarney Filho passou a campanha incólume mesmo sendo do partido do principal opositor de Ibaneis, o deputado distrital Leandro Grass (PV). Mas, agora, surgiu o constrangimento.

Futuro
A reitora da UnB, Márcia Abrahão, é apontada por petistas como um nome que pode surgir para a disputa eleitoral ao GDF em 2026.

Espaço para o vice
O governador Ibaneis Rocha (MDB) deve abrir um espaço para o vice-governador Paco Britto (Avante) no próximo governo. “Gosto do Paco. Ele foi leal”, disse Ibaneis à coluna.

Com Bolsonaro no pé
O deputado distrital eleito Pastor Daniel de Castro (PP) rodou ontem Vicente Pires em campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro. Estava com o presidente no pé. Literalmente. Mandou fazer um tênis com a propaganda de Bolsonaro.

Só papos

“Vamos viajar o Brasil, visitar os estados que vão ter segundo turno. E vamos fazer debates. Vi que o Bolsonaro anda nervoso, anda me xingando. Mas ele precisa saber quem quer ser um chefe de Estado não pode ficar nervoso”
Ex-presidente Lula

“O que um Chefe de Estado não pode fazer é roubar, seu vagabundo”
Presidente Jair Bolsonaro