Clima esquenta nas campanhas de Damares Alves e Flávia Arruda

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

O clima de guerra nas campanhas entre as candidatas Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos) esquentou. As duas ex-ministras do governo Bolsonaro disputam votos na mesma base e lideram as pesquisas de intenções de votos. Flávia está na frente, mas Damares vem crescendo. Agora, o embate esquentou, com ataques indiretos, na internet, atingindo as duas em questões pessoais e na honra. Cada campanha atribuiu o jogo à equipe rival. Ontem, Damares gravou um vídeo em que desafia os adversários: “Eu não tenho medo de vocês”.

Grass e Parente fazem campanha juntos com Mãe Baiana, do PSB

No último fim de semana, o candidato Leandro Grass (PV) e Rafael Parente (PSB) estiveram juntos em uma festa de candomblé no Paranoá, organizada pela candidata a deputada federal pelo PSB e Yalorixá de Oyá, Mãe Baiana. Além de discursar em favor dos povos de terreiro e contra a intolerância religiosa, Leandro recebeu a benção de Mãe Baiana e das entidades que se manifestaram no evento. “A importância da candidatura de Mãe Baiana, que representa os povos de terreiro, mas não só os povos de terreiro, representa a essencialidade, a originalidade e a genuinidade desse país. Representa a maior parte da população brasileira, que é feminina e é negra”,
disse Grass.

Entre os maiores doadores
Mesmo fora da disputa ao Palácio do Buriti, Rafael Parente (PSB) aparece no ranking de colaborações da Justiça Eleitoral como o terceiro maior doador para a própria campanha do país. Ele tirou do próprio bolso R$ 534,2 mil nessas eleições para seu projeto de chegar ao governo. E ainda deve aumentar essa conta. “Vou pagar algumas dívidas. Devo chegar a R$ 711 mil”, disse.

Doação para Zeca Dirceu
Rafael Parente também fez doações para três outros candidatos, segundo registro na Justiça Eleitoral. Entre as colaborações, foram R$ 24,5 mil
para o deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro José Dirceu.

Apoio do ex-senador
O ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania-DF) gravou uma mensagem de apoio ao candidato Pedro Ivo Mandato Coletivo (Rede Sustentabilidade). “Conheço poucas pessoas tão preparadas para representar o Distrito Federal no Senado Federal quanto Pedro Ivo. Pedro Ivo tem uma longa história de militância política sempre ao lado de grandes lutas”, disse Cristovam.

Mandato coletivo
Pedro Ivo representa um mandato coletivo, quando se unem vários candidatos para uma mesma vaga. Neste caso, são oito nomes, incluindo ele, que lidera. Oito pessoas vão se revezar de acordo com suas áreas de conhecimento. São dois suplentes do PSol e cinco integrantes da sociedade civil, pois no mandato coletivo não é obrigatório que os integrantes sejam filiados a partidos políticos. São eles: o socioambientalista e educador Pedro Ivo, ex-assessor de Marina Silva (Rede) e Randolfe Rodrigues (Rede); a arquiteta, ambientalista e educadora Cláudia Passos, ex-secretária de Gestão Administrativa em Valparaíso de Goiás/GO; o especialista em planejamento de projetos Paulo César Araújo, ex-secretário de Cultura de Ouro Fino/MG e de Finanças em Pouso Alegre/MG; o pedagogo e psicanalista Mutá Sanchez; a indígena Isabel Tukana, do povo Tukano, formada em Gestão Pública pela Universidade de Brasília (UnB); a professora da Faculdade de Direito da UnB Eneá de Stutz e Almeida; e o jornalista, escritor e mestre em educação Mano Lima.

Desembargadores elegem novo vice e corregedor do TRE-DF
O Pleno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) elegeu ontem o desembargador Mario-Zam Belmiro Rosa para o cargo de vice-presidente e corregedor do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). Candidataram-se ao cargo os desembargadores Mario-Zam e Nilsoni de Freitas Custódio. Ela é a suplente e estava no exercício do cargo desde que o desembargador Sebastião Coelho pediu o desligamento das funções em 19 de agosto. Mario-Zam Belmiro Rosa foi eleito por 25 votos a 21. A cerimônia solene de posse será hoje, às 16h, na sala de sessões do TRE-DF. Na sessão do Pleno do TJDFT, Sebastião Coelho se despediu da magistratura para entrar na aposentadoria.

Registro negado
O ex-deputado Junior Brunelli (PTB) tentou registrar candidatura para novo mandato na Câmara Legislativa. Mas não conseguiu liberação do TRE-DF. Por unanimidade, os desembargadores consideraram que ele está inelegível por condenação em segunda instância da Operação Caixa de Pandora. Cabe recurso, mas pelo mesmo motivo, Brunelli esteve fora das eleições de 2018, como ressaltou o desembargador eleitoral Renato Guanabara Leal, relator do processo.

Sabatina só para candidatos
Vice na chapa de Leila Barros, o advogado Guilherme Campelo queria substituir a candidata ao governo na sabatina da OAB-DF. Mas o presidente da entidade, Délio Lins e Silva Júnior, não permitiu. O debate, segundo ele, era para quem concorre ao GDF e as regras não previam substituição. Campelo disputou a eleição para a presidência da OAB no ano passado, quando Délio foi reeleito.

Sacode a poeira
Depois da derrota no TRE-DF na noite de segunda-feira, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) não desistiu da candidatura. Ele vai recorrer ao TSE. Em postagem nas redes sociais, o petista afirmou: “É como diz a música: ‘Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima’. E é isso que vamos continuar fazendo”.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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