Candidatos recebem bolada para tocar campanha

Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

O presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), o ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o deputado Professor Israel Batista (PSB) receberam uma bolada de seus partidos para as candidaturas a deputado federal. Prudente foi agraciado com R$ 2,5 milhões, mesmo valor destinado pelo PSB a Rollemberg e a Israel. Cada um deles tem a seu dispor, até agora, para gastar mais do que a maioria dos candidatos ao Palácio do Buriti. Só perdem para Ibaneis Rocha (MDB) e Leila Barros (PDT), que contam até agora com R$ 4,5 milhões e R$ 3,5 milhões,  respectivamente. Rafael Prudente ganhou ainda uma contribuição de R$ 300 mil do irmão Leonardo Cavalcanti Prudente.

PV libera recursos para Grass
O PV transferiu a primeira parcela do Fundo Eleitoral para a candidatura de Leandro Grass ao GDF. Foram repassados R$ 759.922,70. A maior despesa declarada, até agora, pelo candidato da federação de Lula foi de R$ 11 mil para impulsionamento de conteúdos nas redes sociais.

Uns com muito, outros com nada
O PL está apostando em algumas candidaturas a deputado federal no DF. O ex-governador José Roberto Arruda (PL) recebeu do partido R$ 1,5 milhão. Até agora, a deputada Bia Kicis (PL) e o ex-deputado Alberto Fraga (PL) levaram R$ 1 milhão, cada. Mas nem todos foram contemplados. O ex-presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo) Rafael Sampaio não ganhou nada ainda. A ex-secretária de Justiça do DF Marcela Passamani também não seria contemplada nos patamares dos principais candidatos. Por isso, ela acabou renunciando à disputa, saiu do PL e entrou no MDB, onde agora só pede votos para a reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB).

R$ 8 milhões para o PP
O PP já liberou R$ 8,1 milhões para os candidatos a deputado federal no DF. O ex-deputado Rogério Rosso foi o que mais recebeu até agora: R$ 1,8 milhão. O distrital José Gomes, o ex-deputado Ronaldo Fonseca e o ex-deputado Roney Nemer levaram R$ 1,5 milhão cada. O partido doou R$ 800 mil para a candidata Carina Sales e R$ 235 mil para Marcos Domingos, filho do ex-vice-governador Benedito Domingos. A advogada Samantha Meyer, mulher do empresário Fernando Marques, dono da União Química, recebeu R$ 700 mil. Ela declarou à Justiça Eleitoral mais R$ 240 mil que tirou do próprio bolso para a campanha. A divisão dos recursos foi feita pela presidente regional do PP, Celina Leão, que é vice na chapa de Ibaneis Rocha.

Disputa em família
Ex-presidente regional do MDB, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli recebeu até agora R$ 500 mil do partido para a campanha a deputado distrital. Adversária na disputa, a nora, Ericka Filippelli, ex-secretária da Mulher, recebeu de sua legenda, o PTB, R$ 150 mil.

MP opina pelo registro da candidatura de Moreno

A depender do Ministério Público Eleitoral, a candidatura do Coronel Moreno (PTB) ao Palácio do Buriti vai prosseguir. Em parecer, o procurador regional eleitoral do DF, Zilmar Antônio Drumond, voltou atrás no seu entendimento. Drumond havia impugnado o registro alegando que o oficial da Polícia Militar do DF recebeu indevidamente R$ 97 mil a título de indenização de transporte, mas o procurador acatou os argumentos da defesa, segundo a qual a condenação pelo Tribunal de Contas do DF ocorreu por conduta sem dolo, o que afasta a incidência de causa impeditiva de disputar eleições. O TCDF concluiu que não há evidências de que Moreno recebeu os recursos de forma irregular deliberadamente. O MP citou uma súmula do TSE: “Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros órgãos do Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade”.

Prova de intolerância
Uma militante da campanha de Leandro Grass (PV) foi atingida com ovo quando pedia votos para ele e para Lula, em Águas Claras.”Estávamos fazendo uma linda caminhada por Águas Claras, com tranquilidade e respeito, quando nos deparamos com o ódio, a intolerância e o radicalismo”, disse Grass.