Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Esquentou o embate entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e o empresário Paulo Octávio (PSD), ontem, no dia em que foi publicada a pesquisa Correio/Opinião. A consulta mostrou que Ibaneis está na liderança da disputa com 38,6%, mas a entrada de Paulo Octávio no confronto começa a ameaçar a decisão da eleição no primeiro turno. Com duas semanas de campanha, ele está com 11,2%. A coligação Unidos pelo DF (MDB, PP, PL, Agir, Solidariedade, Avante, Pros), liderada por Ibaneis, apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) a impugnação contra a candidatura de Paulo Octávio. O argumento é de que o candidato do PSD deveria ter se desincompatibilizado do cargo de alto executivo para concorrer ao Palácio do Buriti, uma vez que seu grupo empresarial tem contratos com o governo, de obras e locação de imóveis. Também aponta que houve condenação por ato de improbidade suspensa por acordo com a Justiça. A impugnação será julgada pelo TRE-DF. A assessoria de Paulo Octávio rebateu o adversário: “É uma representação que não vai prosperar, posto que suas bases são frágeis e não correspondem com a verdade. Esse tipo de ação só serve para alimentar especulações, em vez de fomentar a troca de ideias. E mostra certo desespero dos impetrantes, sabe-se lá o porquê”.
A equipe de campanha do senador Izalci Lucas (PSDB) considerou positivo o resultado da pesquisa Correio/Opinião, divulgada ontem. Com 5,2% das intenções de votos, ele está próximo de Leila Barros (PDT) que tem 8,1%, e de Leandro Grass (PV) com 5,6%, considerando a margem de erro que é de 2,9 pontos percentuais. Ou seja, a avaliação é de que o jogo está embolado como também mostrou a pesquisa da Globo/IPEC. Além disso, o potencial de voto e crescimento de Izalci é de 35,9%, atrás de Leila (47,6%), mas na frente de Grass (23,6%). A aposta da campanha tucana é de que Izalci está no páreo com Leila, Grass e Paulo Octávio para chegar ao segundo turno.
Nova eleição
Na avaliação da equipe de campanha de Leandro Grass (PV), da federação PT-PV-PCdoB, o candidato está crescendo e, ao se tornar conhecido com a identidade com Lula, poderá chegar ao segundo turno. Nas quatro semanas seguintes, na polarização com o governador Ibaneis Rocha (MDB), será uma nova eleição.
Caminho a desbravar
Pesquisa Correio/Opinião, divulgada ontem, mostra que a candidata Keka Bagno (PSol), da federação PSol-Rede, tem um longo caminho para desbravar. Entre os entrevistados, apenas 2% disseram que a conhecem bem. Outros 3,6% conhecem mais ou menos. Talvez por esse motivo a participação da assistente social em debates tem surpreendido eleitores pelo conteúdo e eloquência.
Pronta para a guerra
Na campanha de Flávia Arruda (PL-DF), há uma expectativa de que a disputa será dura com adversários desleais para tentar derrubá-la da liderança, inclusive com temas envolvendo a vida pessoal. A deputada federal tem um terço do eleitorado do Distrito Federal. Pesquisa Correio/Opinião apontou que Flávia tem 32%.
Disputa ainda indefinida
Na disputa à Câmara dos Deputados, a pesquisa Correio/Opinião apontou os nomes mais citados pelos entrevistados na consulta espontânea: Arruda (PL), Érika Kokay (PT), Fred Linhares (Republicanos), Júlio César (Republicanos), Rafael Prudente (MDB), Chico Vigilante (PT), Flávia Arruda (PL), Bia Kicis (PL) e Roney Nemer (PP). Mas o eleitorado ainda não se decidiu. Entre os entrevistados, 72% estão entre os que vão votar em branco ou nulo ou estão indecisos.
Primeiras-damas apóiam Damares
Damares Alves conseguiu reunir no lançamento de sua candidatura ao Senado duas primeiras-damas, a do DF, Mayara Noronha, e do Brasil, Michelle Bolsonaro. As três viajaram juntas em maio para Israel, em peregrinação pela Terra Santa.
Briga continua
Milene Nascimento, integrante do Cidadania, apresentou ao TRE-DF uma impugnação contra a candidatura de Izalci Lucas, da federação PSDB-Cidadania. O tema é a disputa entre os dois partidos. Ela alega que a candidatura não foi aprovada pela executiva local da federação. Esse é justamente o tema do embate entre Izalci e a deputada Paula Belmonte, do Cidadania, depois da intervenção nacional para dar o poder para a candidatura tucana.
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