Saúde é o foco principal na corrida pelo Buriti

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

A primeira semana de campanha oficial mostrou que a saúde será o principal tema da corrida eleitoral. No debate do Correio e da TV Brasília, na quinta-feira, todos os candidatos abordaram a questão. Filas de cirurgias eletivas, demora no atendimento, falta de fiscalização dos contratos do Instituto de Gestão Estratégico da Saúde (Iges-DF) e erros de gestão são alguns temas levantados pelos candidatos. Veja o que eles disseram:

“Brasília tem o maior orçamento de saúde do Brasil. Nós aprovamos o Fundo Constitucional. Só neste ano, são R$ 11 bilhões investidos em saúde. São cinco médicos para mil habitantes. No entanto, a gestão deixa a desejar. As pessoas estão nas filas. Precisamos fazer mutirões de saúde, criar as policlínicas, novos hospitais. Temos um desafio enorme”
Paulo Octávio (PSD)

“Tivemos, aqui, a questão do teste (de covid-19). Na mesma semana que o Sesc comprou a R$ 18, aqui eles compraram a R$ 180, 10 vezes mais. E o mais grave: na hora de entregar o produto, entregaram um produto que o mundo inteiro estava recolhendo, porque não tinha nenhuma eficácia. Por isso, a operação se chamou Falso Negativo. Muita gente saiu negativo, foi para casa e contaminou muita gente”
Izalci Lucas (PSDB)

“A saúde pública vive o pior momento da história, aqui, no Distrito Federal. Ibaneis mentiu em 2018. Disse que ia resolver o problema da saúde. Ampliou o Iges-DF, que é um ninho de corrupção, que é um fracasso que literalmente tem matado as pessoas no Hospital de Base, no Hospital de Santa Maria, nas UPAs, que nem têm equipes completas”
Leandro Grass, da federação PT-PV-PCdoB

“Nos últimos 16 anos, Brasília vem sofrendo com essa prestação de serviços públicos na saúde para a população. No nosso governo, vamos investir em rede física, mas também vamos investir em hospitais. Hoje, estão envelhecidos, sucateados, e nós sabemos que algumas regiões necessitam de um hospital. É o caso de São Sebastião, que é uma demanda histórica. Já elaboramos emendas para a aprovação do projeto, que não aconteceu até o momento”
Leila Barros (PDT)

“O maior fracasso é essa insensibilidade com relação à dor do outro. Porque isso gera uma série de inconsequências. Esse caos na saúde, na assistência social. Não faltam recursos, se é um governo que faz tantas obras e se gaba de fazer tantas obras, de fato, a gente tem obras importantes acontecendo, mas as primeiras obras que precisávamos ter são hospitais e escolas funcionando perfeitamente”
Rafael Parente (PSB)

“Quando a gente vai no atendimento à saúde, a gente tem diversos problemas. Uma vez eu fui no atendimento à saúde, a maca em que eu sentei quase caiu. E os atendentes que estavam ali, a médica ficou completamente constrangida. Sabe qual foi a resposta delas? Que elas é que pagam pelo que usam ali. Gostaria de ter o resgate do Saúde em Casa, um momento em que os profissionais da saúde possam ir na sua casa, entender o seu território, a sua dinâmica familiar, poder te olhar de forma integral. É isso que o nosso programa defende”
Keka Bagno, da federação PSol-Rede

Engajado

Fora da disputa ao Governo do Distrito Federal, o senador José Antônio Reguffe fez uma manifestação de apoio para a advogada Samantha Meyer (PP), mulher do empresário Fernando Marques, dono da União Química. Ela concorre a deputada federal na coligação do governador Ibaneis Rocha (MDB). Reguffe também conversou com Fernando Marques sobre coordenar a campanha de Samantha. Um panfleto de campanha já está na gráfica com declaração de voto de Reguffe a Samantha. E o apoio já é público nas redes sociais.

Para ler e consultar
O professor e advogado Rodrigo Queiroga lançou, em coautoria com a juíza do TRE-MA Camilla Ramos, a segunda edição do livro Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (Airc) — Manual prático. Obra útil em tempos de campanha. O livro tem como base os precedentes e as resoluções do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com informações práticas necessárias à confecção de petições iniciais. A nova edição foi revisada, atualizada e ampliada, com base na Lei Complementar nº 184/2021, além de ampla revisão da jurisprudência do TSE.

Disputa para vaga no TRE-DF
O TSE validou, na última sexta-feira, a lista tríplice elaborada pelo TJDFT para a vaga de desembargador suplente do TRE-DF, no posto de jurista. Na votação do TJDFT, ocorrida em março, o primeiro colocado foi Guilherme Pupe da Nóbrega, doutor em direito constitucional, professor do IDP, ex-professor da UnB e presidente da Associação Brasiliense de Direito Processual Civil. Ele teve 26 votos. O segundo colocado foi Bruno Martins, com 24 votos. A terceira colocada foi Mirian Lavocat, com 23 votos. A escolha será feita pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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