Trabalho e campanha de distritais
Os deputados distritais terão de conciliar a agenda de campanha eleitoral com o trabalho na Câmara Legislativa. O presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB), diz que vai manter o ritmo de votações e cobrar compromisso dos colegas. Mas não vai faltar tempo para pedir votos. As votações ocorrerão sempre nas terças e quartas-feiras e os distritais terão recesso entre primeiro de julho e 2 de agosto. Na próxima semana, a Câmara votará a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
Não subestime a dengue
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, está com dengue. Com fortes dores no corpo, o jornalista pensou que havia sido infectado novamente pelo coronavírus. Mas que nada… O sofrimento é provocado pelo mosquito Aedes aegypti. É a segunda vez. Bartô teve também no ano passado. Foi ainda “premiado” com a covid-19. Mas ele diz que os sintomas da dengue são piores porque não existe vacina. Por isso, adverte: “Não subestime o mosquito”.
Na rede
De olho na campanha eleitoral, o empresário Paulo Octávio entrou pela primeira vez no mundo das redes sociais. Criou um perfil no Instagram @pauloctaviodf e posta o dia a dia de suas andanças.
CPI dos Maus-tratos dos Animais aprova relatório
A CPI dos Maus-tratos dos Animais da Câmara Legislativa aprovou ontem o relatório final. Os deputados Iolando (MDB), Roosevelt Vilela (PL), e Daniel Donizet (PL) consideraram fatores de desrespeito a falta de conscientização da população sobre o direito dos animais, a baixa quantidade de campanhas públicas sobre o assunto, estrutura pública deficitária para cuidar dos bichos e a pouca oferta de políticas de controle de natalidade e vacinação. Outra questão muito levantada foi a falta de educação ambiental na prevenção de crimes contra o meio ambiente e contra os animais.
Unidade conquistada para ajudar Lula no DF
Em meio a embates dentro do PT-DF, Lula mandou um recado aos pré-candidatos e aos dirigentes regionais. Pediu o fim das disputas. A briga é outra e o adversário é externo. Funcionou. O partido se uniu em torno das pré-candidaturas de Leandro Grass (PV) ao governo e Rosilene Corrêa (PT) ao Senado. O ex-deputado Geraldo Magela (PT) que pleiteou as duas vagas foi alçado ao posto de coordenador da campanha de Lula em Brasília. Nem vai concorrer a nada. Assim também não tira votos dos petistas Érika Kokay, Agnelo Queiroz e Roberto Policarpo na disputa à Câmara dos Deputados.
Em Brasília
Lula deve vir a Brasília no início de julho para uma agenda conjunta com a campanha de Leandro Grass e Rosilene Corrêa.
À QUEIMA-ROUPA
André Kubitschek (PSD), pré-candidato a deputado federal
Por que você resolveu entrar na política?
Meu bisavô JK foi o homem que levou modernidade ao Brasil, após deslocar o eixo de desenvolvimento nacional do Sudeste para o Centro-Oeste, o que povoou uma região do País ainda inexplorada. E Brasília foi a meta-síntese desse grande projeto. Depois dele, minha avó Márcia foi deputada constituinte e vice-governadora do DF, mantendo a ética e a retidão moral de JK como seus princípios de vida. Paulo Octávio, meu pai, é um exemplo de atuação política, com um perfil agregador e conciliador como o de JK. E minha mãe é a guardiã da história de Brasília, à frente do Memorial JK. Junte-se a todo este DNA a minha vontade de ajudar o povo a progredir em um momento complexo da vida nacional. Foi por tudo isso que decidi me candidatar este ano. Afinal a política é a única forma de realizar uma transformação econômica e social eficaz em prol da nossa cidade e do nosso país.
Vai concorrer a qual cargo?
Tenho percorrido as cidades e colocado meu nome como pré-candidato a deputado federal. Acho que estou preparado para esse desafio.
Como você poderá ajudar o DF no Congresso?
Enxergo no Brasil e em Brasília dois grandes problemas: emprego e educação, que só serão resolvidos com uma ação integrada. Falta qualificação profissional e, como empresário, pude constatar isso de perto. É preciso investir na educação básica e na profissionalizante, permitindo que o jovem encerre seu ciclo nos bancos escolares com uma formação que o permita, depois, escolher se vai se aperfeiçoar ou vai optar por uma carreira superior. Esse será o foco principal de minha atuação, caso seja confirmado na convenção do partido e posteriormente seja eleito. Junto a isso, também trabalharei as pautas do turismo e do esporte, por enxergar nelas alternativas importantes de trabalho e de lazer, o que permitirá melhores escolhas à juventude.
Na sua opinião, como um líder como JK poderia ajudar o país neste momento?
Ele foi um marco da verdadeira democracia. Mesmo enfrentando a oposição de todos, dos estudantes ao clero, passando pelos partidos contrários à sua proposta desenvolvimentista, ele soube ouvir, negociar, conciliar e reconciliar o País. Sufocou revoltas sem disparar um tiro, apenas negociando. Deu espaço a seus opositores, não apenas para a discussão, mas especialmente para a fiscalização de Brasília. Não polarizou. Uniu.
Seu bisavô, Juscelino Kubitschek, foi perseguido pela ditadura militar. Acha que aqueles anos de chumbo podem se repetir?
As marcas da perseguição a JK estão em minha família, especialmente em minha mãe, que era uma criança e assistiu a tudo. Não creio que aquela época volte, mas precisamos estar atentos, especialmente ao equilíbrio entre os três poderes, que é fundamental. A democracia precisa ser cuidada e respeitada. Qualquer ameaça a ela e ao estado democrático de direito deve ser repelida.
Você prefere Lula, Bolsonaro ou outro candidato?
Como o PSD não terá candidato próprio, tenho liberdade para pensar o meu voto, estou aguardando o quadro real de postulantes à Presidência da República.
Qual é o seu projeto para o futuro?
Primeiro, conseguir vaga na nominata para deputado federal pelo PSD. Depois, ser eleito e exercer um mandato fiel às minhas crenças e valores, como honestidade, probidade e trabalho pelo Brasil. Aí, futuramente, quando estiver mais maduro, quem sabe alçar outros voos políticos, se assim entender o eleitorado brasiliense.