Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
O Piantella, palco de tantas costuras e bastidores do poder em Brasília, vai entrar de vez para a política. Na verdade, seu fundador. O empresário Marco Aurélio Costa, que inaugurou o restaurante em 1974, se filiou ao PL e vai concorrer a um mandato de deputado federal. Ele aceitou o convite do ex-governador José Roberto Arruda, antigo frequentador das movimentadas mesas com parlamentares e ministros, e da deputada Flávia Arruda, ambos do PL. Vai lançar a pré-candidatura em 13 de junho.
Na urna eletrônica, usará o nome pelo qual é conhecido: Marco Aurélio Piantella. Ele diz que sua bandeira será um trabalho em defesa de garçons, chefs de cozinha e empresários envolvidos no ramo de gastronomia. “Conheço a alma e o coração dessas pessoas”, disse à coluna. Marco Aurélio vendeu o restaurante em 2014, que durante a pandemia acabou fechando as portas. Mas os 40 anos de convivência com o meio político, de políticos influentes, como Ulysses Guimarães e Luis Eduardo Magalhães, a jornalistas, lhe garantiram experiência para agora trilhar o próprio caminho no Congresso. Na campanha, estará ao lado do casal Arruda e do presidente Jair Bolsonaro.
Cada um na sua…
Enquanto Marco Aurélio Costa se prepara para fazer campanha a deputado no PL, seu ex-sócio no Piantella, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, fez, nesta semana, um gesto político em Paris contra o presidente. Gritou “Fora, Bolsonaro”, em Roland Garros, durante uma partida de tênis entre o alemão Alexander Zverev e o espanhol Carlos Alcaraz. Foi no Piantella, aliás, que Lula celebrou, em dezembro de 2002, a primeira diplomação como presidente do Brasil. No restaurante mais famoso da história da política de Brasília, nunca houve barreiras ideológicas.
