Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
Ex-ministra do governo Bolsonaro, a deputada Flávia Arruda (PL-DF) entrou na disputa pela vice-presidência da Câmara para cumprir uma missão do Palácio do Planalto. Segundo integrantes do PL que participaram das articulações, a Presidência da República apostou em candidaturas avulsas no PL — dono de vaga — para evitar o surgimento e o crescimento de um nome desalinhado com o Executivo. O preferido do presidente Jair Bolsonaro era o deputado Vitor Hugo (PL-GO), que não se viabilizou e nem concorreu. Flávia entrou no jogo e, depois, iniciou um trabalho para construir um acordo e retirar a sua candidatura. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abriu a votação ontem antes da conclusão do acordo. Flávia acabou em segundo lugar, com 83 votos, e o deputado Lincoln Portela (PL-MG), que teve 232 votos, vai substituir Marcelo Ramos (PSD-AM) na vice-presidência da Câmara.
Overdose
Entre deputados, a avaliação, ontem, era de que Flávia Arruda (PL-DF) já ocupou cargos estratégicos demais para uma parlamentar em primeira legislatura. Ela foi presidente da Comissão Mista do Orçamento e secretária de Governo da Presidência da República. Dois postos cobiçadíssimos. A vice-presidência da Câmara dos Deputados seria overdose.
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