Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos
O PT vai promover uma reunião, nesta terça-feira, para tentar acertar os rumos da candidatura ao Palácio do Buriti. O presidente do PT-DF, Jacy Afonso, a deputada distrital Arlete Sampaio e Vilmar Lacerda vão se sentar com o comando da campanha do ex-presidente Lula, a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, e o vice-presidente, José Guimarães. Também participam os dois pré-candidatos ao governo, Geraldo Magela e Rosilene Corrêa. A ideia é encontrar um direcionamento e orientações para as negociações com partidos que estão na base da campanha de Lula. A cúpula da sigla quer atender à reivindicação do PV, parceiro na federação com o PT e o PCdoB, para lançar a candidatura do deputado distrital Leandro Grass (PV). Mas precisa convencer os petistas de Brasília. Uma imposição causará um estrago enorme na campanha local. A direção nacional também quer atender ao PSB, que tem Geraldo Alckmin como vice de Lula e, no DF, lançou a pré-candidatura de Rafael Parente. Será difícil conjugar todos os interesses e aspirações sem fraturas.
Apoio da base
Desse encontro deve sair uma indicação. Mas o PT-DF só vai sacramentar a candidatura — qualquer que seja — após o encontro regional, entre 13 e 14 de maio. Hoje, na base do partido, há uma tendência a apoiar a candidatura da diretora do Sinpro-DF Rosilene Corrêa. Ela está animada, mas sabe que o interesse nacional da campanha de Lula será decisivo.
Saída salomônica
O deputado Leandro Grass pode acabar se tornando o candidato da federação PT-PV-PCdoB por falta de consenso entre Geraldo Magela, que tem mais apoio nacional do PT, e Rosilene Corrêa, com maioria dos petistas do Distrito Federal. Sem um acordo interno, a reivindicação do PV para lançar candidatura no DF pode prevalecer.
O caminho do PSB
Se Leandro Grass for escolhido o nome do grupo político de Lula para o governo, Rafael Parente pretende manter a candidatura ao GDF. Mas, com os partidos da oposição a Jair Bolsonaro divididos em várias frentes, terá de formar uma chapa puro-sangue. Outros partidos da centro-esquerda também têm candidaturas. O PSol e a Rede estão juntos em federação e lançaram a assistente social Keka Bagno no páreo. O PDT tem a candidatura da senadora Leila Barros, que não se une ao PSB devido a mágoas pelo rompimento. Eleita pelo PSB, ela migrou para o Cidadania e, depois, para o PDT, fugindo de uma proximidade com Lula.
Prejuízo para proporcionais
O isolamento do PSB prejudica as candidaturas proporcionais do partido, que tem dois nomes fortes para a Câmara dos Deputados: o ex-governador Rodrigo Rollemberg e o deputado federal professor Israel Batista.
Muita coisa pode acontecer até outubro, mas nunca um governador do DF chegou perto das eleições em uma situação tão confortável para a corrida à reeleição como Ibaneis Rocha (MDB). Ele tem um amplo conjunto de partidos aliados, tempo de televisão, fundo eleitoral, a máquina administrativa, obras e folga financeira. E mais: não tem ainda um adversário que o impeça de, no mínimo, chegar ao segundo turno.
Mais um candidato ao Senado
Surgiu outro pré-candidato ao Senado na base do governador Ibaneis Rocha (MDB). É o brigadeiro Atila Maia, que concorreu pelo PRTB na última eleição e teve 135.573 votos. Agora, está no Agir, antigo PTC.
Baile dos políticos
Muitos políticos passaram pelo baile do Sinpol-DF, na sexta-feira à noite. Organizada pelo presidente, Alex Galvão, que se filiou ao Podemos — partido que integra o grupo político do senador José Antônio Reguffe —, a festa foi agenda de campanha para quem está de olho nas eleições. Reguffe, aliás, não foi. Quem passou por lá: o ex-governador José Roberto Arruda, os deputados federais Flávia Arruda (PL), Bia Kicis (PL), Paula Belmonte (Cidadania), Celina Leão (PP) e Luis Miranda (Republicanos), além dos distritais Reginaldo Sardinha (PL) e Julia Lucy (UB).
Mandou bem
Boletim epidemiológico da covid-19 divulgado pelo Ministério da Saúde apontou que nenhuma criança ou adolescente morreu por causa da vacina contra a doença. A pasta investigou 38 eventos adversos graves com desfecho de óbito, mas nenhum teve relação com o imunizante.
Mandou mal
O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disparou acidentalmente uma arma no balcão de check-in do Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek e feriu uma funcionária de companhia aérea. Violou normas de segurança e colocou a vida de outras pessoas em risco.
Enquanto isso… Na sala de Justiça
Considerado imbatível na disputa pela próxima vaga de desembargador do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) no quinto constitucional do Ministério Público, o procurador distrital dos Direitos do Cidadão, José Eduardo Sabo Paes, disse à coluna que não vai concorrer. Quer ficar mesmo onde está, atuando no MPDFT.
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