Secretária da Mulher, Ericka Filippelli deixa MDB

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

A secretária de Estado da Mulher, Ericka Filippelli, anuncia sua desfiliação do MDB, depois de 11 anos como presidente do MDB Mulher e vice-presidente desde 2019. A decisão é fruto dos novos planos políticos que Ericka traçará rumo à Câmara Legislativa. Ela será candidata a deputada distrital e afirma que os próximos meses serão de muito diálogo com as legendas alinhadas ao projeto de reeleição do governador Ibaneis Rocha (MDB). “Sou muito grata ao partido que me deu a oportunidade de chegar à Secretaria Nacional de Política para Mulheres e que me permitiu estar à frente da Secretaria da Mulher do Distrito Federal desde 2019. Mas acredito que chegou o momento de trilhar novos caminhos, sempre na defesa da pauta da mulher, que continuem fortalecendo o projeto do governador Ibaneis.”

Luz própria
Nora do ex-deputado Tadeu Filippelli, Ericka não está no governo por indicação dele. É claro que ela se enfronhou na política e especialmente no MDB por meio da atuação nas campanhas na família do marido. Mas desde a campanha de 2018 ela se aproximou de Ibaneis e foi uma das primeiras integrantes do primeiro escalão confirmadas pelo governador. Ibaneis e Tadeu Filippelli se distanciaram e tiveram raros contatos nos últimos três anos.

Construção
Ericka Filippelli ainda não acertou para qual partido migrará. Estará numa das legendas aliadas a Ibaneis na disputa pela reeleição. O partido será definido dentro de uma grande construção matemática entre os aliados do governo, de forma a garantir a eleição do maior número possível de aliados para mandatos na Câmara Legislativa.

Em família
Na disputa a uma vaga de deputada distrital, Ericka Filippelli deve concorrer com o próprio sogro. Tadeu Filippelli também
deve concorrer a um mandato de deputado distrital.

Bolsonaro nomeia genro de Roseana Sarney para vaga no TRF1

O presidente Jair Bolsonaro nomeou para a vaga de ministro do TRF da 1ª Região o advogado Luís Gustavo Amorim, no quinto constitucional da advocacia. O novo desembargador federal tinha padrinhos fortes. Genro da ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney, ele é filho de Leomar Amorim, desembargador do TRF da 1ª Região até sua morte em 2014, aos 59 anos. Além de ser marido da neta do ex-presidente e ex-senador José Sarney, Amorim é sobrinho do ministro do STJ Reynaldo Soares da Fonseca. Seu pai era muito amigo do ex-titular da vaga que vai ocupar, o hoje ministro Kássio Marques Nunes, que deixou o TRF para assumir a vaga no STF.

Disputa
Mesmo com tantos padrinhos, Luís Gustavo Amorim enfrentou uma disputa acirrada. Ele integrou lista tríplice da OAB ao lado dos advogados Flávio Jardim, procurador do DF que é sócio do escritório de Sérgio Bermudes, e Jackson Di Domenico, ex-desembargador do TRE-DF, que tem forte apoio de evangélicos, como Silas Malafaia.

Clima de confronto
As forças de segurança do DF já não estão na paz dos últimos tempos. Desde que a campanha salarial de policiais civis e militares esquentou, integrantes das duas corporações voltaram a se estranhar. O comentário do deputado Reginaldo Sardinha (Avante) sobre PMs desejarem integrar a PCDF irritou a classe e várias associações divulgaram notas de repúdio. E agora policiais civis reclamam de que militares têm chegado nas delegacias com câmeras GoPro, provavelmente para registrar algum deslize ou eventual conflito dos civis.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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