Oposição de Ibaneis aguarda decisões nacionais para fechar candidatura

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Para definir candidaturas de oposição a Ibaneis Rocha, os partidos dependem de decisões nacionais. Com dificuldades para eleger deputados federais, por conta das mudanças nas regras eleitorais — fim das coligações, cláusula de barreira, coeficiente eleitoral — as legendas negociam a formação de federações. São acordos costurados em todo o país para valer pelos próximos quatro anos. É provável que saia uma federação com PT, PSB, PCdoB e PV. Mas há muitas questões a serem debatidas estado por estado. Vai prevalecer neste caso o interesse da campanha de Lula, mas os partidos aliados vão exigir reciprocidade em alguns estados.

Federação com 4 concorrentes
No DF, os quatro partidos têm pré-candidatos a governador. O PT tem a professora Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro. O PSB lançou o ex-secretário de Educação do DF, Rafael Parente. No PCdoB, o nome é João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart, o Jango. O deputado distrital Leandro Grass é o pré-candidato do PV. Como a coluna mostrou, ele não tem espaço para candidatura da Rede, partido pelo qual se elegeu, e aceitou convite para migrar para o PV.

Prioridade
Leandro Grass tem uma vantagem nessa disputa. No PV, ele surge como prioridade da legenda que não tem candidato a governador em nenhuma outra unidade da federação.

PSol e Rede juntos
Também na oposição a Ibaneis Rocha no DF, PSol e Rede devem formar uma federação e apoiar a eleição do ex-presidente Lula. Neste caso, não há candidaturas primeiras. O PSol pensou em lançar Rafael Sebba, que concorreu a deputado distrital e não se elegeu. Outras possibilidades são a ex-deputada Maria José Maninha ou a professora Fátima Sousa, que representou o partido na corrida eleitoral ao Buriti em 2018. Uma parte do PSol também aceitaria apoiar Grass. Mas eles contavam com o distrital na Rede.

Pedetistas o querem Reguffe de volta

Nessa construção de candidaturas de oposição, ainda há o PDT. O partido tem pré-candidatura própria à Presidência,
Ciro Gomes. Um dos caminhos do partido no DF é apoiar a candidatura do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF). Mas há um obstáculo: o partido de Reguffe tem também um representante na disputa, o ex-juiz Sergio Moro. Ciro e Moro não se juntam. Por isso, pedetistas sonham com a volta de Reguffe à legenda. O senador se elegeu em 2014 com 57,61% dos votos pelo PDT.

Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?
A candidatura de Sergio Moro à Presidência da República está no seguinte patamar: tem potencial, mas para crescer a ponto de realmente competir com Jair Bolsonaro e Lula depende de apoio político para entrar em novos redutos. E para conquistar aliados com inserção política precisa mostrar que é competitivo.

Entrega de posto
No último dia como governador em exercício, Paco Britto tirou a manhã de ontem (22/1) para visitar as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) onde houve vacinação para crianças contra a covid-19. O governador Ibaneis Rocha retorna das férias e reassume o cargo neste domingo. Paco disse estar satisfeito com o resultado da campanha de vacinação. “Os pais estão trazendo seus filhos e as crianças estão pedindo para serem vacinadas”, disse.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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