Dignidade menstrual: falta regulamentação no DF

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Coluna Eixo Capital, por Ana Maria Campos

Nesta semana, completou um ano da sanção da lei 6.779/21 que determina a distribuição gratuita de absorventes em escolas públicas e em UBSs para mulheres em situação de vulnerabilidade no DF. Um exemplo para o país, onde o projeto de dignidade menstrual foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. Mas a autora do projeto no DF, deputada distrital Arlete Sampaio (PT), adverte: por falta de regulamentação pelo GDF, a lei ainda não saiu do papel. Ela criou a campanha: #REGULAMENTAIBANEIS.

De olho nos números
A gravidade da pandemia fez com que o governador Ibaneis Rocha se envolvesse diretamente em soluções para impedir a propagação da ômicron. Ele conversou com o governador em exercício Paco Britto e tem uma mapa da situação. À coluna, Ibaneis disse que está preocupado: “Mesmo tendo baixa letalidade as internações cresceram muito esses últimos dias”. E afirmou que está de olho nos números de internações: “Por enquanto, estamos dando conta, mas atrapalha todo o sistema de saúde. Temos que reverter UTI para UTI Covid. E aumentar os leitos de UTI”. Foi o governador quem decidiu que, neste momento, não haveria lockdown, mas determinou a proibição de eventos, como festas e shows.

Mobilização de estudantes contra aulas presenciais nas universidades
Alunos do Ceub estão recolhendo assinaturas contra a volta às aulas presenciais neste momento de dispara das contaminações por ômicron e influenza. As aulas voltam em 14 de fevereiro. A UnB, Católica e IFB seguem pelo mesmo caminho, diferentemente de Universidades federais de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Vacinas já
Secretário de Saúde do DF, Manoel Pafiadache: “87% a 90% das internações são de não vacinados ou com imunização incompleta”. Ou seja, as doses não impedem a infecção, mas dão mais chance de recuperação para quem adoeceu.

Disputa por imunização infantil
O DF tem 268.206 crianças de 5 a 11 anos para vacinar, segundo dados da Codeplan. Com as 16,3 mil doses pediátricas da Pfizer que vão chegar amanhã, só dá para aplicar em 40% dos pequenos com 11 anos. E ainda é preciso incluir as crianças com comorbidades e Síndrome de Down. Serão 10 mil para quem tem 11 anos, ou seja, 25% das crianças nessa faixa etária. Não vai ser fácil. Muita gente vai voltar para casa sem a dose contra covid-19.

Sem serviço voluntário na PCDF
Em assembleia nesta semana, delegados sindicalizados do Sindepo decidiram desmarcar toda participação no serviço voluntário de fevereiro da Polícia Civil. O trabalho extra é fundamental para manter as delegacias abertas 24 horas. Eles se uniram ao movimento deflagrado pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), que representa agentes e escrivães, na campanha pelo reajuste da categoria.

Ana Maria Campos

Editora de política do Distrito Federal e titular da coluna Eixo Capital no Correio Braziliense.

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