Na véspera da eleição da OAB-DF, surge uma controvérsia para tumultuar o pleito. Uma liminar do conselheiro federal da Ordem Duilio Piato Júnior, do Mato Grosso, determinou que a comissão eleitoral do DF avalie se 15 candidatos da chapa da advogada Thaís Riedel são negros ou pardos, como eles se autodeclararam no momento do registro da candidatura.
O presidente licenciado da OAB-DF, Délio Lins e Silva Júnior, que concorre à reeleição, impugnou o registro, alegando fraude na declaração da questão racial. A polêmica decorre de uma exigência inédita nas eleições da OAB: pelo menos 30% dos integrantes de cada chapa precisam ser negros ou pardos.
Ao analisar as impugnações, a comissão eleitoral da OAB-DF considerou que o critério da auto-declaração é previsto no edital das eleições. Por isso, não promoveu uma análise detalhada de cada caso sobre a relação entre a aparência e a declaração racial.
Agora, por exigência da liminar, a comissão eleitoral terá de avaliar caso a caso.
Enquanto isso, a eleição segue como previsto para ser realizada domingo (21). Mas com uma dúvida sobre o que vai acontecer com o resultado final.
Em vídeo distribuído nas redes sociais, Thaís Riedel afirmou: “O que nos parece é que a atual situação, candidata à reeleição, está com medo das urnas. Nós não tememos nenhum tipo de debate. Vamos continuar na luta pela advocacia”.
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