Voo fretado da companhia aérea Qatar Airways levará Seleção Brasileira para a Copa do Mundo

Compartilhe

Pela segunda edição consecutiva, a Seleção Brasileira deixará o país rumo à Copa em voo fretado de uma companhia aérea estrangeira. Depois de contratar aeronave da AirX Charter, uma empresa com sede em Malta na viagem até a Rússia em 2018, a CBF embarcará rumo à Itália e depois ao Oriente Médio a bordo do luxuoso avião de uma grife do país sede do Mundial. Os 26 passageiros serão anunciados pelo comandante Tite nesta segunda-feira, às 13h, na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

O blog apurou que uma aeronave customizada da Qatar Airways, uma das duas líderes mundiais no segmento, levará os jogadores que atuam no Brasil e a comissão técnica para Turim, na Itália, onde será realizada pré-temporada, e de lá até Doha. A delegação tem aterrissagem prevista para 19 de novembro, quatro dias antes da estreia no Grupo G contra a Sérvia, no Estádio Lusail — palco da finalíssima agendada para 18 de dezembro.

A falida Varig foi a companhia aérea da Seleção Brasileira da Copa de 1962, no Chile, a 2006, na Alemanha. Levou e trouxe a delegação em quatro das cinco conquistas, ou seja, em 1962, 1970, 1994 e 2002. Em 2010, a missão passou a ser da Latam. Na sequência, a CBF assinou acordo com a GOL, atual parceira. A empresa transportou o Brasil internamente na campanha canarinha na Copa do Mundo de 2014. Como a empresa de Constantino Júnior não opera voos diretos para a Europa, a CBF optou por fretar aviões estrangeiros para levar a Seleção à Rússia e ao Catar. A CBF quebrou a tradição na gestão do ex-presidente Rogério Caboclo, antecessor do atual, Ednaldo Rodrigues.

Seleções e clubes badalados de futebol são cada vez mais assediados por firmas especializadas em oferecer luxo, tratamento VIP e serviço customizado. Em 2019, por exemplo, duas aeronaves da Qatar Airways transportaram o Flamengo para a disputa do Mundial de Clubes da Fifa, no Catar. No início deste ano, o Palmeiras também seguiu para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, em um Boeing 777-300ER da Qatar Airways com capacidade para 412 passageiros.

Os voos de altíssimo padrão têm mimos que vão de tela individual de 12 polegadas, fone de ouvido com som de alta resolução, poltronas de couro italiano revestidas à mão reclináveis para deixar o passageiro com o conforto de uma cama. As comissárias oferecerem travesseiro e até pijama. Os serviços de bordo são de nível requintado. Como se trata de conduzir atletas, o menu deve obedecer às exigências da comissão técnica.

A CBF escolheu a mesma companhia. Embora a Qatar Airways seja parceira da Fifa, não há exigência contratual para que as 32 seleções viagem com a patrocinadora. A Argentina, por exemplo, está fechada com uma companhia nacional. A Aerolíneas Argentinas personalizada com o slogan “uma equipe, um pais, um sonho”, conduzirá Lionel Messi e companhia até Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e de lá para Doha. A Alemanha dificilmente abre mão de empresa nacional. A missão é quase sempre da Lufthansa.

Há quatro anos, a CBF e a AFA fretaram avião de uma companhia desconhecida no Brasil. A AirX Charter levou as seleções do Brasil e da Argentina para a Europa. O voo AXY2709 tinha disponibilidade para 100 assentos de primeira classe em poltronas-cama na configuração 2-2-2, projetado para grandes comitivas. A sede da empresa à época era Birgu, um povoado nas proximidades da Ilha de Malta com quase 3 mil habitantes, mas havia sucursais na Inglaterra, na Alemanha e nos Estados Unidos. O dono da companhia é John B. Matthews.

No site, a empresa se apresentava à época como transportadora de clientes de elite, incluindo celebridades, magnatas, famílias reais, funcionário de governo, altos executivos corporativos, equipes esportivas e de passeio e grupos musicais.

Siga no Twitter: @marcospaulolima

Siga no Instagram: @marcospaulolimadf

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Pênaltis de Rayan e John Kennedy explicam Vasco na final da Copa do Brasil

Em 2023, Fernando Diniz fez do jovem John Kennedy, de 21 anos à época, um…

15 horas atrás
  • Esporte

Dorival leva Corinthians à final 261 dias depois da demissão na Seleção

Há 261 dias, Dorival Júnior era demitido da Seleção Brasileira. Se há volta por cima,…

17 horas atrás
  • Esporte

Flamengo 2 x 0 Pyramids: quando 1 centímetro a mais de altura faz diferença

A média de altura dos jogadores escalados pelo Flamengo no início da vitória por 2…

2 dias atrás
  • Esporte

Grêmio, Luís Castro e os métodos de contratação dos times brasileiros

  Na gestão do futebol brasileiro, pouco se cria, quase tudo se copia. Para mim,…

2 dias atrás
  • Esporte

Como Fernando Diniz criou atalho para a virada do Vasco contra o Fluminense

O Vasco perdeu o primeiro tempo do clássico desta quinta-feira para o Fluminense porque deixou…

4 dias atrás
  • Esporte

Ex-técnico do Egito: o que Rogério Micale tem a dizer sobre o Pyramids

Protagonista da primeira medalha de ouro do Brasil no torneio de futebol masculino na história…

4 dias atrás