Vojvoda assume um Santos viciado em enterrar bons técnicos importados

O Santos acerta ao contratar o técnico Juan Pablo Vojvoda, apresentado oficialmente nesta terça-feira. A pergunta é: o clube vai deixá-lo trabalhar ou está disposto a se consolidar como cemitério de bons treinadores importados?

Quando permitiu a construção de um trabalho, o Santos viu Jorge Sampaoli conduzir o Santos ao vice no Campeonato Brasileiro de 2019, inclusive com direito a carimbar a faixa do campeão Flamengo por 4 x 0 na última rodada. O argentino ficou o ano inteiro no cargo.

Depois da era Sampaoli, o que se viu foi uma insistência por continuar na moda dos técnicos importados aliada a uma contraditória compulsão por demiti-los quando o método da tentativa e erro não dava certo.

O Santos buscou o histórico técnico do Porto, Jesualdo Ferreira, em Doha, no Catar, e o dispensou em oito meses. Foram apenas 15 jogos em oito meses de trabalho no Centro de Treinamento Rei Pelé.

Ariel Holan topou assumir a prancheta do Santos em fevereiro de 2021 e saiu dois meses depois, em abril. Foram míseros 12 jogos no cargo na gestão do presidente Andres Rueda. O argentino levou o Independiente ao título da Copa Sul-Americana em 2017 e a Universidad Católica ao título do Chileno.

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Fabián Bustos havia feito sucesso no Barcelona de Guayaquil. Levou o time às semifinais da Libertadores, em 2021, e foi eliminado pelo Flamengo de Renato Gaúcho. O olho grande do Santos tirou o treinador do Equador para ficar 28 jogos no cargo.

Diego Aguirre levou o Peñarol à final da Libertadores em 2011 contra o próprio Santos. Contratado em 2023 pelo Alvinegro Praiano, o técnico uruguaio durou apenas cinco partidas no emprego: quatro derrotas e apenas uma vitória. Assumiu em agosto e saiu em setembro.

A aposta no início desta temporada era em Pedro Caixinha. O português tinha no currículo um bom trabalho no Red Bull Bragantino, troféus na Liga MX por Santos Laguna e Cruz Azul, porém o vínculo com o Santos durou quatro meses. Foram seis vitórias, três empates e sete derrotas em 16 confrontos.

Juan Pablo Vojvoda vem de um trabalho no qual comandou o Fortaleza em 310 jogos durante quatro anos e conquistou cinco títulos. Portanto, deixa o homem trabalhar.  

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