Sugerido à Premier League, All-Star Game teve versão adaptada no Brasileirão e fracassou

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Recém-chegado ao futebol inglês, o dono do Chelsea, Toddy Boehly, desembarcou na terra do Rei Charles III disposto não somente a tocar o legado do magnata russo Roman Abramovich no clube londrino, mas a inventar moda. Partiu dele a sugestão da realização de um All-Star Game na Premier League. O plano é inspirado nos esportes americanos. Ligas nacionais como a NBA (basquete), NFL (futebol americano) e MLB (beisebol) são adeptas do evento midiático.

Toddy Boehly nasceu nos Estados Unidos. É um dos acionistas do Los Angeles Lakers no basquete e do Los Angeles Dodgers no beisebol. Daí a sugestão ao badalado Campeonato Inglês. “Espero que a Premier League aprenda um pouco a lição dos esportes americanos quando se trata de gerenciamento e promoção e realmente comece a perceber… Por que não existe um All-Star Game? Estrelas na Premier League Norte contra o Sul e, assim, financiar facilmente o que a pirâmide do futebol precisa”, prega Boehly.

O plano dividiu opiniões. “Quando ele encontrar uma data para isso, pode me ligar. Nos esportes americanos, esses jogadores têm intervalos de quatro meses. Não tenho certeza se as pessoas querem ver isso: jogadores do United, jogadores do Liverpool, jogadores do Everton todos juntos. Não é a seleção nacional. Caras de Arsenal e Tottenham juntos, ótimo. Ele realmente disse isso?, duvidou o técnico do Liverpool, o alemão Jurgen Klopp. Ele ainda ironizou: “Você quer trazer os Harlem Globetrotters também e deixá-los jogar em um time de futebol?”, argumentou o comandante dos Reds, referindo-se aos malabaristas do basquete.

Há 17 anos, houve uma tentativa frustrada de aplicar a ideia no Brasileirão. Organizadora do Prêmio Craque do Brasileirão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se associou ao extinto Clube dos 13, à Nestlé e à tevê Globo e determinou que o campeão da Série A enfrenaria a Seleção do Campeonato em um fim de semana de festa no fim de semana posterior ao encerramento da competição numa espécie de Jogo das Estrelas.

O amistoso aconteceu em 11 de dezembro de 2005, no Morumbi, em São Paulo. O Corinthians, de Antônio Lopes, perdeu por 1 x 0 para o combinado liderado à época pelo técnico Muricy Ramalho. O gol foi marcado por Fernandão. No fim das contas, a festa foi esvaziada. Lopes liberou os principais astros para o início das férias. Do outro lado, Muricy, vice-campeão pelo Internacional, teve de recorrer a suplentes dos jogadores mais votados.

Houve cenas varzeanas protagonistas por jogadores como o meia Carlos Alberto. O astro do Corinthians à época chegou ao estádio 20 minutos antes da partida e irritou Antônio Lopes. Ícone da conquista do Corinthians, Carlitos Tévez não deu as caras. Enquanto a bola rolava no Morumbi, ele torcia pelo time do coração, o Boca Juniors, no estádio La Bombonera.

Antônio Lopes escalou o Corinthians à época com: Fábio Costa (Marcelo) (Julio Cesar); Marinho (Marcus Vinícius), Marcelo Mattos, Wendel, Eduardo Ratinho (Coelho), Bruno Otávio (Fábio Ferreira), Willian (Carlos Alberto), Élton Arábia, Gustavo Nery (Edson Sitta), Nilmar (Bobô) e Dinélson (Nilton). Muricy Ramalho mandou a campo: Harley; Gabriel, André Dias, André Leone, Michel Bastos, Marcinho Guerreiro, Tinga, Rodrigo Tabata, Petkovic, Fernandão e Rafael Sóbis.

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Marcos Paulo Lima

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