Sede da final da Libertadores, Uruguai não emplaca time nas oitavas e vê potências “rebaixadas” à Sul-Americana

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Anfitrião das finais das duas competições de clubes da Conmebol em 2021, o Uruguai acaba de passar por mais uma situação constrangedora. O país bicampeão mundial e olímpico não terá representantes sequer nas oitavas de final da Copa Libertadores da América.

O Rentistas terminou em último lugar no Grupo E. Última esperança, o Nacional de Montevidéu até venceu o Argentinos Juniors na noite desta quarta-feira, mas ficou em terceiro lugar na chave e está rebaixado à terceira fase da Copa Sul-Americana.

Há um descompasso entre a seleção do Uruguai e os times. A Celeste foi semifinalista da Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul; conquistou a Copa América, em 2011, na casa da Argentina; foi vice-campeão do Mundial Sub-20, em 2013, mas vê seus clubes cada vez mais consolidados no papel de coadjuvantes nas competições sul-americanas.

O futebol uruguaio não conquista a Libertadores desde 1988, quando o Nacional de Montevidéu superou o Newell’s Old Boys na decisão. Lá se vão 33 anos. Em 2011, o Peñarol alcançou a final contra o Santos, mas, do outro lado, havia um menino da Vila chamado Neymar. O atacante desequilibrou a decisão na partida de volta no Pacaembu, em São Paulo.

A esperança de presença uruguaia no Estádio Centenário, em novembro, passa a ser na final da Copa Sul-Americana. Mas até nela o país coleciona fracassos. Jamais um time da nação vizinha do Brasil disputou a decisão do torneio. Estamos falando de 18 edições da competição lançada em 2002. Os clubes de lá chegaram no máximo às semifinais. Totalmente Inaceitável.

Se a esperança morreu na Libertadores, continua viva justamente na Sul-Americana. O Peñarol tem ainda tem a melhor campanha da fase de grupos do torneio, mas pode perdê-la para o Grêmio nesta quinta-feira. Na próxima fase, contará com o reforço do arquirrival Nacional na maratona pelo título do segundo torneio mais importante do continente.

Muito pouco para um país octacampeão da Libertadores. São cinco taças do Peñarol e três do Nacional. O futebol de clubes do Uruguai não pode virar museu. Viver do passado. É preciso reagir. Que o gigante desperte na Sul-Americana. É o título possível a partir de agora.

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Marcos Paulo Lima

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