Secretaria de Esporte chamará os 12 clubes do Candangão para discutir os perrengues dos estádios

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A liberação dos estádios para a disputa do Campeonato Candango está na lista das prioridades do secretário de Esportes do Distrito Federal, Leandro Cruz. O blog apurou que o novo dono da pasta  marcará uma reunião com representantes dos 12 clubes da primeira divisão para iniciar uma corrida contra o relógio para a confecção dos alvarás das arenas indicadas à disputa do torneio.  A falta do documento acaba de prejudicar o Gama na negociação de um amistoso contra o Botafogo, no próximo dia 13. Investidores do jogo desistiram, e o alviverde partiu para um plano B. O time receberá o Vila Nova-GO, na possível estreia do meia Danilo, ex-Corinthians.

O post de 30 de dezembro do blog mostrou a situação ilegal das arenas. Até o vice-governador Paco Britto entrou em ação para resolver o impasse. A 22 dias do início do Candangão, nenhum estádio da capital do país tem laudo. Há duas exceções, porém, ambas no Entorno da capital do país: a arena do Paracatu, em Minas Gerais; e a do Luziânia, em Goiás. A ideia do novo secretário é reunir os presidentes de Sobradinho, Capital, Formosa, Taguatinga, Gama, Bolamense, Luziânia, Paracatu, Brasiliense, Santa Maria, Ceilândia e Real com autoridades da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, da Vigilância Sanitária e da Defesa Civil — órgãos de segurança responsáveis pela liberação dos estádios.

Nas últimas semanas, o diretor de competições da FFDF, Márcio Coutinho, o Careca, visitou os 10 estádios indicados pelos 12 times para o Candangão 2019. “Hoje, só o Serra do Lago (Luziânia) e o Frei Norberto (Paracatu) têm laudo. Falta limpeza, cuidados. Os gramados do Mané Garrincha, Augustinho Lima, JK e Bezerrão são os melhores”, disse o dirigente no último dia 30.

Reinaugurado em 2008, o Bezerrão vive seus perrengues 10 anos depois. O gramado do estádio indicado por Gama e Santa Maria está castigado pelo excesso de partidas, peladas e até jogos de futebol americano. Há problemas de água, luz e laudo. Por esses e outros motivos, investidores desistiram de trazer o Botafogo para um amistoso no próximo dia 13. Durante a negociação para o amistoso contra o Gama, o técnico alvinegro Zé Ricardo chegou a perguntar sobre a situação do gramado.

O Serejão foi indicado por dois clubes. Brasiliense e Taguatinga pretendem utilizá-lo no Candangão. Segundo a FFDF, além do laudo, o espaço precisa de limpeza. A boa notícia é o gramado. O piso, até então abandonado, está sendo tratado.

Atual campeão candango, o Sobradinho depende dos laudos para mandar jogos no Augustinho Lima, um dos trunfos do time na conquista deste ano. Ceilândia e Bolamense querem jogar no Abadião. O estádio está bom para consumo interno. Porém, necessita de laudos.

O Real faz um baita esforço para reformar o campo do Defelê, na Vila Planalto. Entretanto, a corrida contra o tempo dificilmente permitirá que o clube mande os jogos por lá. A diretoria teve uma iniciativa bacana. Quer acabar com a vida cigana do time. Em 2018, a equipe mandou partidas no Serra do Lago, Bezerrão e Augustinho Lima. Uma outra opção é o Mané Garrincha. Neste caso, o clube dividiria o elefante branco com o Capital.

A situação da turma do Entorno é melhor. O Serra do Lago, casa do Luziânia, está com os laudos em dia. Aprovado inclusive pela Confederação Brasileira de Futebol. O Formosa receberá os rivais no Diogão. A maior exigência da FFDF é pela melhoria do gramado, alambrados e laudos. Os problemas no Frei Norberto, em Paracatu, são a sinalização, área de imprensa e o corte do gramado.

A demanda do Estádio JK, no Paranoá, é pela construção de cabine de imprensa. O clube da cidade não disputará a competição, mas a arena é uma das alternativas dos clubes. O Rorizão também. Porém, segue indisponível por causa de questões judiciais e, para variar um pouquinho, ausência de laudo.

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Marcos Paulo Lima

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