Tem placa de substituição à beira do campo politico… O GDF terá, em breve, um novo secretário executivo de futebol. O blog apurou que a secretária de Esporte e Lazer Celina Leão avalia dois nomes para o cargo ocupado por Apolinário Rabelo, que deixará a função. Os alvos são o ex-zagueiro Lucimar da Silva Ferreira, o Lúcio, um dos heróis da Seleção na campanha do penta na Copa de 2002 realizada no Japão e na Coreia do Sul; e o ex-goleiro Paulo Victor, campeão brasileiro pelo Fluminense, em 1984. O ídolo tricolor foi um dos reservas de Carlos e Leão no Mundial de 1986, no México. Badalado, Lúcio é sonho de consumo. Paulo Victor, o mais viável e predisposto a topar o desafio (o blog falou com os dois, leia atualização na sequência deste post). Ainda não há terceira via. Celina esteve reunida nesta terça-feira (9/6) com o governador Ibaneis Rocha e teria aproveitado o encontro em que conseguiu as liberações do Eixão do Lazer da W3 Sul, a partir deste fim de semana, para apresentar as demandas dos dirigentes do futebol. Entre as reivindicações, o fim do perrengue dos laudos e alvarás dos estádios, e o apoio financeiro aos testes da covid-19 a clubes sem orçamento suficiente para bancar os exames indispensáveis ao reinício dos treinamentos.
O fato é que uma fonte disse ao blog que a técnica Celina Leão quer um ex-jogador atuando solto fazendo o meio de campo entre ela e os clubes do futebol candango. Embora o prazo de validade da deputada federal licenciada no cargo de secretária de Esportes seja de seis meses — acordo firmado com o governador Ibaneis Rocha enquanto o suplente Tadeu Filipelli ocupa a cadeira na Câmara —, Celina manifestou, desde que assumiu a pasta, o desejo de dar atenção aos clubes da cidade. De 2014 para cá, o DF amarga sete anos de vacas magras, ou seja, só tem times na Série D. Ela espera acelerar o apoio com Lúcio ou Paulo Victor. Uma boa chance de deixar o cargo com status de que ajudou a quebrar a maldição da quarta divisão.
Os dois nomes foram sondados por emissários de Celina. Falta a formalização do convite a um deles. Aposentado desde janeiro, Lúcio tem a fama de jogador brasiliense mais bem sucedido e a liderança em campo como pontos favoráveis. O fato de ter iniciado e encerrado a carreira na cidade também. Começou no Planaltina e defendeu Gama e Guará antes de evoluir no Internacional, Bayer Leverkusen, Bayern Munique, Internazionale, Palmeiras e São Paulo. Na volta ao DF, vestiu as camisas do Gama e do Brasiliense. Até pouco tempo, sentia na pele os perrengues do dia a dia do futebol candango. Embora tenha negócios em São Paulo e no Rio Grande do Sul, mantém residência fixa em Brasília.
Uma das preocupações em relação a Lúcio é a falta de conhecimento da estrutura de governo, da burocracia, dos trâmites do cargo. Em princípio, o mandato de Celina Leão será breve. Logo, Lúcio teria de aprender rapidamente como funciona a engrenagem do GDF. O primeiro desafio é a retomada do Candangão. A outra, o suporte a Gama e Brasiliense na Série D.
Paulo Victor também é referência no futebol do DF. Assim como Lúcio, disputou Copa do Mundo. Era um dos reservas de Carlos e Leão na Copa de 1986. O paraense de Belém vestiu a camisa do Ceub nos anos 1970 e do Brasília nos anos 1980 antes de embarcar rumo ao Rio para ser ídolo do Fluminense. O ex-goleiro leva vantagem na corrida com Lúcio no quesito experiência. Foi assessor da Secretaria nas gestões de Agrício Braga e de Weber Magalhães.
Atualização
Contatados pelo blog nesta quarta, Lúcio e Paulo Victor confirmaram que foram consultados. O pentacampeão respondeu: “Fui procurado, mas não tem chance agora, pois tenho outros projetos”, justificou o pentacampeão.
Paulo Victor admitiu ter sido sondado, mostrou interesse em assumir o desafio, deu sinal verde, mas aguardava oficialização do convite para aí, sim, dar início aos trâmites legais para a nomeação.
Candangão
À espera da escolha do secretário executivo de futebol, os clubes do Candangão continuam articulando a retomada (na marra) do futebol em meio ao aumento do número de óbitos e de infectados pelo novo coronavírus. Em 24 horas, o Brasil registrou mais 1.272 mortes e 32 mil novos casos. O DF contabilizou nove mortes nesta terça e 1.142 contaminados pela covid-19. A capital do país tem mais casos que todos os estados do Centro-Oeste somados.
Enquanto isso, representantes dos oito clubes classificados para as quartas de final — Gama, Brasiliense, Real Brasília, Formosa, Taguatinga, Capital, Luziânia e Sobradinho — estimaram nesta terça, na segunda reunião por videoconferência da semana, 18 de julho como data para a retomada da competição. O jogo pendente da primeira fase Real x Gama reabriria o torneio. As quartas de final teriam início em 22 de julho e a decisão do título em 8 de agosto.
Houve pressão para que o Candangão fosse retomado em 4 ou 11 de julho. No entanto, por 5 votos a 3, ficou estipulado 18 de julho para a partida atrasada e 22 de julho como pontapé inicial do mata-mata. A projeção ainda esbarra em várias questões legais.
O Ministério Público não recomenta treinos e jogos. O protocolo da Federação de Futebol do DF será apresentado ao GDF entre hoje e sexta-feira. Ainda não há liberação para treinos e jogos por parte do governador Ibaneis Rocha. As prefeituras de Luziânia e de Formosa, que têm dois times nas quartas de final, proíbem treinos e jogos até 30 de julho. Na tentativa de forçar a barra, dirigentes chegaram a se oferecer para convencer prefeitos a reverem a data.
Brasiliense, Real Brasília e Sobradinho foram votos vencidos na definição das datas contra Gama, Formosa, Taguatinga, Capital e Luziânia. A expectativa dos cartolas é pela volta dos treinos na próxima semana para os clubes com sede no DF, ou seja, Luziânia e Formosa teriam de fugir de mala e cuia para Brasília para não infringirem as quarentenas do Entorno.
Siga no Twitter: @mplimaDF
Siga no Instagram: @marcospaulolimadf
Siga no Facebook: https://www.facebook.com/dribledecorpo/