3C0DD81D-F4FA-4ED7-93C8-8D27AED5E500 O gol da vitória foi uma trama entre os Oscar, Lucas e Calleri. Foto: Rubens Chiri/SPFC O gol da vitória foi uma trama entre os Oscar, Lucas e Calleri. Foto: Rubens Chiri/SPFC

São Paulo chega às semifinais do Paulistão carente de um fora de série

Publicado em Esporte

O São Paulo é o único semifinalista do Campeonato Paulista sem um fora de série no elenco. Estêvão desequilibra para o Palmeiras. Memphis Depay faz a diferença no Corinthians. Neymar mudou o patamar do Santos. 

 

Isso não implica dizer que o tricolor não pode nem será o campeão estadual, mas a carência obriga o técnico Luís Zubeldia a usar o conjunto como antídoto contra quem tem o cara da última bola, e trunfo pelo fim do curto jejum de três anos sem a conquista da competição doméstica. 

 

Oscar, Lucas Moura e Calleri são craques, porém falta o extraclasse ao São Paulo. O cidadão capaz de colocar a bola embaixo do braço, atrair a tal da responsabilidade e decidir a partida exalando genialidade, justamente como fizeram Estêvão, Memphis Depay e Neymar.

 

A carência de um fora de série fica explícita em exibições como a vitória desta segunda por 1 x 0 contra o Novorizontino. Eduardo Baptista armou o time espelhado taticamente no São Paulo. 

 

Luis Zubeldía tem investido no sistema 4-3-1-2. Oscar, Calleri e Lucas Moura são responsáveis pelas ações ofensivas do São Paulo. Eduardo Baptista amarrou o São Paulo. Reduziu espaço, mapeou construções de jogadas, interceptou os passes, adiantou as linhas de marcação e cortou conexões até conter o único erro na partida.

 

Em uma rara tentativa de atacar, o Novorizontino vou Enzo Díaz roubar a bola de Waguinho e o tricolor encaixou contra-ataque letal. Acionado, Oscar lançou Lucas Moura e o garçom serviu Calleri. O centroavante argentino não perdeu a rara oportunidade e classificou o São Paulo.

 

O lance crucial ilustra a diferença entre o time de Zubeldia e os outros três candidatos ao título. A interação rápida e objetiva entre os homens de frente é o diferencial do São Paulo diante das armas individuais dos concorrentes. Para ganhar o título, é preciso neutralizar Estêvão, Memphis e Neymar. Em contrapartida, o sistema tático tem que potencializar Oscar, Lucas e Calleri.

 

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