Saiba o que falta e como o Flamengo planeja operar jogo com público em Brasília na Libertadores

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O Flamengo aguarda três autorizações para dar início à operação da partida de volta contra o Defensa y Justicia pelas oitavas de final da Libertadores. Como o blog antecipou, a do Governo do Distrito Federal o clube carioca tem para mandar o jogo do próximo dia 21 com 25% da capacidade de público do Mané Garrincha — aproximadamente 17.500 torcedores vacinados há no mínimo 15 dias com dose dupla ou única no caso específico da Janssen. O time ainda depende da concordância do clube argentino e da autorização da Confederação Sul-Americana de Futebol. Como a partida é internacional, o blog checou que não há necessidade de liberação por parte das federações do Rio de Janeiro e do DF, como ocorre nas competições nacionais da CBF.

O maior obstáculo pode ser justamente o Defensa y Justicia. O atual campeão da Copa Sul-Americana e da Recopa receberá o Flamengo nesta quarta-feira sem público no jogo de ida, no Estádio Norberto “Tito” Tomaghello, em Florencio Varela. A questão é se o adversário aceitará torcida contra no Mané Garrincha depois de receber o Flamengo em “campo neutro”. As diretorias dos dois clubes negociam e a Conmebol monitora com interesse. No último domingo, a entidade máxima do futebol no continente autorizou a volta do público nas competições organizadas por ela.

À espera da oficialização da liberação do público por parte do GDF, provavelmente por decreto no Diário Oficial desta quinta-feira, o Flamengo já trabalha na operação do jogo. O plano do clube é comercializar ingressos apenas online. Não haverá bilhete em espécie. O acesso seria por QR Code acompanhado do comprovante de vacinação completo da covid-19 (duas ou uma dose no caso específico da Janssen). Grávidas e menos de 18 anos não teriam acesso ao jogo.

Outro ponto definido pelo Flamengo é a venda de ingressos com lugar marcado, como tem funcionado, por exemplo, nos cinemas. O torcedor compraria o bilhete e teria cadeiras ao redor dele bloqueadas para cumprir o distanciamento social na arena. Itens de segurança sanitário como o uso de máscara e a disponibilização de álcool serão obrigatórios.

Lugar marcado, cadeiras bloqueadas e máscara: plano prevê modelo igual ao adotado nas tribunas do Mané. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Há preocupação com o tempo de adaptação do Mané Garrincha ao novo normal. O estádio não recebe público desde 3 de março de 2020, quando o Maroon 5 se apresentou em Brasília.  Depois do show, o estádio ficou fechado por causa da pandemia. Serviços como banheiros, bebedouros e elevadores estavam todos desligados durante a pandemia.

O plano de reativação dos espaços para os torcedores com segurança com o mínimo de conforto e de segurança sanitária demanda um mês, Se o Flamengo jogar com torcida no próximo dia 21, a força-tarefa que vem sendo tocada tentará deixar tudo pronto em uma semana. Durante a pandemia, a Arena BSB, inclusive, apresentou à CBF um plano de distanciamento no estádio para a decisão da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras. À época, o governador do DF, Ibaneis Rocha, sugeriu o acesso exclusivo de funcionários da saúde imunizados que estão na linha de frente do combate à covid-19. A entidade máxima do futebol brasileiro preferiu realizar a partida sem público no Mané Garrincha.

O blog apurou que o GDF, o Flamengo, as secretarias de Esporte e Saúde e o comitê Covid-19 também preparam um protocolo convincente para possíveis questionamentos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios à realização do jogo, em Brasília, com público. Em abril, houve queda de braço jurídica nos bastidores às vésperas da realização da Supercopa do Brasil. À época,  a decisão final coube ao ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.

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Marcos Paulo Lima

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