Serrinha Goiás descarta o Mané Garrincha e mantém duelo com Corinthians na Serrinha. Foto: Goiás EC Goiás descarta o Mané Garrincha e mantém duelo com Corinthians na Serrinha. Foto: Goiás EC

Risco de mandar jogo em Brasília pressionou Goiás a negociar duas torcidas em casa contra o Corinthians

Publicado em Esporte

Suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no último sábado para cumprir uma determinação do Ministério Público de Goiás, que estabelecia presença de torcida única na Serrinha, em Goiânia, o jogo entre Goiás e Corinthians chegou a ter o Mané Garrincha, em Brasília, como alternativa do departamento técnico da CBF para a remarcação da partida. A informação foi divulgada primeiro pela jornalista Joanna de Assis no programa Redação SporTV de segunda-feira. O time paulista era o mais interessado nessa possibilidade, porém a diretoria esmeraldina tratou de vetá-la ao se reunir com o MP-GO para costurar o acesso seguro de torcedores do clube paulista ao estádio, provavelmente no próximo dia 29.

 

Pressionada pelo calendário achatado por causa do início da Copa do Mundo, em 20 de novembro, a CBF se apressou para apresentar uma solução para o cumprimento do jogo válido pela 32ª rodada. Nos bastidores, a entidade cogitou transferir a partida para Brasília. O Corinthians gostou da possibilidade. O mandante Goiás, não. Mesmo pressionado por empresários dispostos a pagar caro para comprar o jogo e promove-lo no Mané Garrincha, o Goiás sustentou o plano de receber a partida na casa própria, a Serrinha. Inclusive fortaleceu o argumento alegando que havia comercializado 13 mil ingressos para o jogo e o custo da locação da arena do Distrito Federal.

 

Em entrevista ao portal GE, o presidente do Goiás Paulo Rogério Pinheiro descartou mandar a partida no DF. Um dos motivos é o valor do aluguel do principal estádio da capital do país. “Já temos mais de 13 mil ingressos vendidos. Esses torcedores vão buscar a justiça comum (se o jogo for fora de Goiânia). O Goiás vai ser prejudicado? Por que o Goiás não pode jogar em Goiânia?”, questionou. “Para jogar em Brasília, são R$ 400 mil só para abrir o estádio (Mané Garrincha0. Aí, não. Além disso, haveria também um desequilíbrio da competição”, argumentou. Ele alega que a torcida do Corinthians em Brasília seria muito maior do que a do Goiás.

 

Apesar da rivalidade entre as uniformizadas de Goiás e Corinthians, com casos de graves de violência tanto em Goiânia como em São Paulo, o dirigente se posicionou sobre a polêmica de torcida única. “O Goiás é a favor de duas torcidas no estádio sempre. Não podemos deixar o mal vencer o bem. Hora nenhuma o Goiás foi contra ter torcida do Corinthians. O Goiás só estava cumprindo ordens. Foram quatro liminares em 48 horas. Mas somos a favor de ter a torcida do Corinthians”, disse Paulo Rogério Pinheiro ao GE.

 

Afinado com o Ministério Público e a Segurança Pública, o Goiás deve receber o Corinthians na Serrinha em 29 de outubro e jogar duas vezes no mesmo dia. O clube também tem compromisso na Copa Verde contra o Real Noroeste, mas se propõe a usar o time sub-20 no torneio. Segundo o jornal O Popular, medidas como isolamento na área externa da Serrinha, escolta o tempo todo dos torcedores do Corinthians e uso de reconhecimento facial são algumas medidas tomadas para a partida.

 

Siga no Twitter: @marcospaulolima

Siga no Instagram: @marcospaulolimadf