Botafogo O condicionamento físico do Botafogo faz a diferença na largada da Série A. Foto: Vitor Silva/Botafogo O condicionamento físico do Botafogo faz a diferença na largada da Série A. Foto: Vitor Silva/Botafogo

Resenha do MPLima: 10 pitacos sobre a #rodada7 do Campeonato Brasileiro

Publicado em Esporte

Fôlego

A liderança do Botafogo mostra uma tendência do Campeonato Brasileiro: a força física. Quem tiver um elenco na ponta dos cascos pode levar vantagem nesta Série A não somente na disputa pelo título, mas por vaga para a Libertadores de 2024. Essa é uma das características do time comandado pelo técnico Luis Castro. Repercute-se que o Glorioso cometeu muitas faltas contra o Fluminense, mas chamo atenção para o condicionamento alvinegro. Das seis vitórias nesta edição, cinco foram com menos posse de bola do que o adversário. Não é fácil jogar sem a bola. Isso demanda fôlego, pulmão. Até agora, não tem faltado pernas à trupe de General Severiano.

 

Oportunidade

Tenho repetido o seguinte aqui nos pitacos: quem sonha com o título do Campeonato Brasileiro precisa aproveitar as oportunidades. O Palmeiras não vence há duas partidas consecutivas. Perdeu quatro pontos nos duelos com Red Bull Bragantino e o Santos. Em tese, dois adversários acessíveis. Na prática, não. O atual campeão brasileiro só perdeu duas partidas neste ano. Um por escolha para a Bolivar com o time reserva; e outra no jogo de ida da final do Paulista contra o Água Santa. Quem não explorar as travadas do time de Abel Ferreira vai se arrepender.

 

Dinizismo

A bugada do Fluminense contra o Botafogo tem a ver um pouquinho com o antijogo, sim, o uso do jogo físico e das faltas para quebrar o ritmo tricolor, mas é preciso prestar atenção também em três desfalques importantíssimos para a engrenagem do time na derrota contra o Botafogo. Fernando Diniz não contou com Marcelo, Alexander e Keno na última rodada. O lado esquerdo é um dos pontos mais fortes da máquina. Obviamente, sem eles o sistema fica enfraquecido. Portanto, recomenda-se culpar o adversário, mas olhar também para as carências do elenco.

 

Galo

Fiquem de olho no Atlético-MG! Quando Eduardo Coudet liderou o Campeonato Brasileiro, o Internacional tomou a dianteira entre a quinta e a décima rodada de 2020. Digo isso a propósito da arrancada do Galo. São três vitórias consecutivas e o acesso ao G-4. O time mineiro goleou o Cuiabá por 4 x 0, derrotou o Internacional por 2 x 0 e superou o Coritiba por 2 x 1. A tendência de alta da trupe de Hulk e Paulinho será testada para valer na oitava rodada contra o Palmeiras no duelo mais esperado do fim de semana, domingo, às 18h30, no Mineirão.

 

Trancos e barrancos

Série de vitórias tem pernas longas no Campeonato Brasileiro. Outro dia, o Flamengo ocupava a zona do rebaixamento. Bastaram três triunfos consecutivos contra Goiás, Bahia e Corinthians para a conquista de posições. O time rubro-negro entrou no G-6 e pode avançar ainda mais no confronto direto de sábado contra o Cruzeiro pela quinta posição, no sábado, às 16h, no Maracanã.  Se Atlético-MG e Fluminense tropeçarem, a turma de Jorge Sampaoli pode até mesmo encerrar o próximo fim de semana na terceira colocação.

 

Uma hora a casa cai

O Athletico Paranaense vinha colecionando uma série de viradas na temporada. Conseguiu sair perdendo e vencer contra Libertad, Flamengo, Coritiba e Botafogo. Uma hora a casa cai. Caiu contra o Red Bull Bragantino no último fim de semana. O time paulista abriu 2 x 0 e o Furacão não teve o mesmo sucesso de outras pelejas. Sim, pondero que o time de Paulo Turra se preservou para o duelo com o Atlético-MG pela Libertadores. No entanto, o recado está dado. Não dá para viver perigosamente todo jogo. Uma hora, a conta da autoconfiança chega.

 

Gre-Nal 439

Entre mortos e feridos salvaram-se todos no clássico gaúcho de domingo à noite, na Arena do Grêmio. Renato Gaúcho ganhou fôlego com a imponente vitória por 3 x 1. Mano Menezes, dado praticamente como carta fora do baralho em caso de derrota, saiu fortalecido com a medida surpreendente da diretoria colorada. Em vez de dispensar o treinador, a cúpula colorada promoveu mudanças no estafe e manteve o treinador intocável. Ao menos até o próximo jogo…

 

Iô-iô

Surpreendente o sobe e desce do Fortaleza. O time de Juan Pablo Vojvoda ocupava o G-4 na classificação até pouco tempo e parecem em queda livre. São quatro partidas sem vitória: três empates e uma derrota. Aparentemente, o time sentiu o baque da derrota por 3 x 0 para o Palmeiras na partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Respingou na derrota para o América-MG. O Coelho não havia vencido nesta edição e quebrou a invencibilidade tricolor. Preocupante também a campanha do Bahia. Falta sequência de resultados.

 

Frio na espinha

As torcidas do Vasco e do Corinthians têm todos os motivos para correr da zona do rebaixamento como o diabo foge da cruz. A expectativa da torcida cruzmaltina era outra desde o início dos investimentos da 777 Partners, mas vale lembrar que o Botafogo também passou perrengues no ano passado na primeira campanha sustentada pela SAF. O Corinthians teme reviver a agonia da campanha de 2007, quando o Timão caiu para a segunda divisão. Não creio que Vasco e Corinthians permanecerão atolados no Z-4, mas o sinal amarelo está aceso nos dois clubes.

 

Dorivalismo

Gostaria sinceramente de perguntar ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a razão para o técnico Dorival Júnior não constar sequer na lista das possibilidades para assumir a Seleção Brasileira. O cara é o atual campeão da Copa do Brasil, da Libertadores e está colocando a casa do São Paulo em ordem neste início de trabalho. Clichês à parte, ele simplesmente mudou o time tricolor da água para o vinho depois da troca no comando. Com Dorival Júnior, o São Paulo aprendeu a não perder, ficou competitivo e passou a gostar de ganhar. Quando isso não é possível, Dorival tem habilidade para negociar resultados e no mínimo pontuar. Bom começo.

 

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