Segue o líder do Brasileirão
Quem vê a cara do ataque não vê o coração da defesa! O Flamengo fez cinco gols no Fortaleza, um adversário contra o qual costuma ter dificuldade no Maracanã, mas chamo atenção para a retaguarda do técnico Filipe Luís: nos últimos 15 jogos em todas as competições, o líder isolado do Brasileirão sofreu gol em três jogos. Para não dizer que não cornetei: Luiz Araújo está virando cada vez mais o dono do time com gols e assistências.
A Mano o que é de Mano
Arrascaeta funcionou pela primeira vez como falso nove no futebol brasileiro na passagem pelo Cruzeiro sob o comando de Mano Menezes. Por sinal, fez até gol no Flamengo na partida de ida da final da Copa do Brasil de 2017, no Maracanã. O desempenho do uruguaio é incrível. A última vez que um camisa 10 rubro-negro arrematou a artilharia da Série A faz 16 anos. Adriano, o Imperador, balançou a rede 19 vezes ao lado de Diego Tardelli em 2019.
Voo de Cruzeiro
Entreguem um mês de trabalho nas mãos do técnico Leonardo Jardim e aguardem um Cruzeiro brigando com força pelo título depois da pausa para a Copa do Mundo de Clubes. A evolução celeste é acelerada e está muito longe de bater no teto. Parte do sucesso, inclusive na vitória por 2 x 1 contra o Cruzeiro, tem a ver com o par de volantes. Lucas Silva e Lucas Romero estão comendo a bola no meio de campo e dando estabilidade ao time.
Ame ou odeie
Abel Ferreira é um senhor técnico. Dito isso, o técnico do Palmeiras não tem o direito de dar peitada em um profissional posicionado à beira do campo para trabalhar. A truculência do treinador é inadmissível. Cenas como essa não são novidade. Quem vive fazendo discurso contra as mazelas do futebol brasileiro deveria dar exemplo. O telhado do português é de vidro e vem expondo o pior de um treinador descontrolado.
Confrontos diretos
O Palmeiras caiu do primeiro para o quarto lugar no Brasileirão por uma entre tantas razões: incompetência. O time alviverde perdeu em casa para o Flamengo depois de perder um pênalti quando a partida estava 0 x 0. Cochilou contra o Cruzeiro, no Mineirão, e quando despertou o placar estava 2 x 0. Dos integrantes do G4, o Palmeiras derrotou apenas o Red Bull Bragantino no interior paulista. A despedida de Estêvão é um senhor desafio para Abel.
Política de mercado
O time titular do Paris Saint-Germain na goleada por 5 x 0 contra a Internazionale na final da Champions League tem média de 24,7 anos. O Tottenham ganhou a Europa League com 25,5 anos. O Chelsea ganhou a Conference League com 23,7 anos. A política do Red Bull Bragantino lembra o desses campeões europeus. A formação inicial do time paulista na vitória contra o Vasco tem 25,8 anos. Dois anos mais jovem do que o experiente Vasco.
Motivado
Como é bacana ver o técnico Renato Gaúcho focado no trabalho. A vitória do Fluminense contra o Internacional traduz isso. O tricolor vai ganhando forma para a disputa da Copa do Mundo de Clubes da Fifa e ao mesmo tempo se mantém no pelotão de elite na maratona pelo título do Brasileirão. Não sabemos se o elenco terá fôlego lá na frente, no sprint final, mas isso é o que menos interessa neste momento em um trabalho recente de 15 jogos.
Tristeza
Temo que Dorival Júnior esteja sofrendo da mesma tristeza de Tite depois da frustrante passagem pela Seleção Brasileira. O Corinthians não joga bem. O time de Ramón Díaz era no mínimo mais divertido. A exibição alvinegra contra o Vitória fez com que Carlo Ancelotti topasse deixar a Neo Química Arena aos 34 minutos do segundo tempo. A impressão é de que o trabalho não está caminhando e a crise externa respinga no trabalho.
Alegria
Rogério Ceni conseguiu exterminar um fantasma no triunfo por 2 x 1 contra São Paulo: venceu o time do qual é ídolo pela primeira vez depois de 12 duelos com o time tricolor por times variados. O técnico tem derrota para o São Paulo, inclusive, no dia em que levou o Flamengo ao título do Brasileirão na última rodada da Série A de 2020, disputada em meio à pandemia. Agora, falta quebrar a escrita em confrontos diretos com o Flamengo.
Irresponsabilidade
Neymar deveria respeitar o Santos de Pelé. Respeitar o técnico iniciante Cléber Xavier, com quem trabalhou seis anos e meio sob o comando de Tite. Mas Neymar não respeita nem a si. O cartão amarelo, o vermelho ao tentar ludibriar a arbitragem com um gol de mão e o bate-boca sem fim com adversários e o juiz ofuscam os raros momentos de bom futebol do camisa 10. O maior culpado pela derrota para o Botafogo. Perguntar não ofende: o que explica a presença do pai de Neymar na zona mista do Santos em todos os jogos.
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