O técnico marroquino Hussein Ammouta é celebrado pela finalista Jordânia. Foto: Divulgação/AFC
Há uma simbiose entre o Catar e Marrocos. Só pode. Em dezembro de 2022, os Leões do Atlas se tornaram o primeiro país africano a alcançar as semifinais da Copa do Mundo. Eliminados pela França, perderam a decisão do terceiro lugar para a Croácia. Catorze meses depois, um técnico nascido no Marrocos classifica a Jordânia para a final da Copa da Ásia — torneio continental equivalente à Eurocopa ou à Copa América.
Aos 54 anos, Hussein Ammouta desbancou a Coreia do Sul no último mata-mata antes da decisão. Venceu o duelo tático com o alemão Jürgen Klinsmann. Desbancou uma das seleções favoritas ao título liderada em campo por Son, um dos astros do Tottenham.
O treinador tem história no continente. O auge estampado no currículo é a conquista da Champions League da Ásia na temporada de 2017. Levou o Wydad Casablanca ao título contra o Al Ahly do Egito. Comandou jogadores como Raúl González, Rodrigo Tabata e Grafite no Catar. Aprendeu a lidar com estrelas antes do sucesso à frente de operários.
Assim é a seleção da Jordânia. A média de idade da formação principal é de 28,3 anos. O Campeonato da Jordânia é franco. Longe de ser uma referência. No entanto, o país de 11 milhões de habitantes produz jogadores talentosos. Nações da região e até mesmo da Europa monitoram talentos. Dos 26 convocados para a Copa da Ásia, 10 jogam no exterior.
Um dos heróis da classificação, o camisa 10 Mousa Al-Taamari defende o Montpellier da França. Conquistou espaço depois de marcar 10 gols e distribuir nove assistências na temporada passada do Campeonato Belga pelo Leuven, décimo colocado na versão anterior da Jupiler Pro-League. Ele é um dos dois meias no sistema 3-4-2-1 da Jordânia. Quem ainda não conseguiu emprego no Velho Continente trabalha em ligas importantes da Ásia do Oriente Médio como a Saudi Pro League da Arábia Saudita ou Qatar Stars League do Catar.
A Jordânia ocupava a posição 87 no ranking da Fifa antes do início da Copa da Ásia. Desbancou dois campeões continentais na fase de mata-mata: Iraque nas oitavas e a Coreia do Sul nas semifinais. Antes, enfrento o Tajiquistão nas quartas.
Amã está em festa. A capital da Jordânia conta os dias para a final de sábado. A melhor colocação do país na história da Copa da Ásia foi a presença nas quartas de final nas edições de 2004, na China, e de 2011, no Catar. Houve reconhecidamente evolução. O título inédito é palpável. Um detalhe: dos último quatro campeões da Copa da Ásia, três ergueram o troféu pela primeira vez: Iraque (2007), Austrália (2015) e Catar (2019).
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