O anúncio oficial da vacinação dos atletas olímpicos e paraolímpicos para os Jogos de Tóquio-2020, adiados em um ano devido à pandemia, virou maratona política na Esplanada dos Ministérios. Em disputa, o degrau mais alto do pódio na modalidade guerra de vaidades pela paternidade da imunização.
A Comissão de Esporte da Câmara dos Deputados havia agendado uma sessão para hoje, às 14h, com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na qual atualizaria a situação das conversas para a antecipação da vacinação do Time Brasil rumo aos megaeventos olímpico e paralímpico no Japão. No entanto, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), que preside a comissão no Congresso Nacional, foi surpreendido. Há desconfiança de que o ministro não compareça à sessão agendada para hoje.
Queiroga se antecipou à Comissão do Esporte e marcou uma entrevista coletiva, às 11h30, para falar justamente sobre o plano de vacinação de atletas e credenciados da delegação brasileira para os Jogos de Tóquio. A possível manobra para atrair holofotes ao governo, ficar bem na foto com os atletas e, principalmente, com o presidente Jair Bolsonaro, pegou mal na Câmara.
Nesta terça, o Governo Federal aceitou doação do Comitê Olímpico Internacional (COI) e vacinará a delegação brasileiro para as Olimpíadas. Atletas, treinadores, estafe e credenciados para Tóquio serão incluídos no grupo prioritário. O COI também doará doses ao SUS. Segundo o presidente do COI, o alemão Thomas Bach, os imunizantes foram oferecidos pela China.
Participaria da coletiva o ministro Marcelo Queiroga, do ministro da Cidadania, João Roma, o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, e o Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, Major-Brigadeiro Isaias Carvalho e o vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta Júnior.
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