O São Paulo já apostou em Edgardo Bauza e em Juan Carlos Osorio; o Palmeiras trabalhou sob a batuta de Ricardo Gareca; o Corinthians investiu em Daniel Passarella; o Cruzeiro trouxe Paulo Bento; Internacional e Atlético-MG tiveram em comum Diego Aguirre; mas nenhum clube contratou tantos técnicos estrangeiros quanto o Atlético Paranaense. Dos 20 times que disputarão a Série A do Campeonato Brasileiro em 2018, nove tiveram pelo menos um treinador gringo no século 21. Anunciado nesta semana como treinador e manager, o holandês Clarence Seedorf é o sexto desde 2001 — 11º na história do clube.
Neste século, o Furacão já teve cinco técnicos estrangeiros. Nenhum deles ampliou a coleção de troféus do clube. Em 2006, o alemão Lothar Matthäus assinou contrato de R$ 3 milhões. Menos de dois meses depois, reclamou dos salários atrasados, ausentou-se do clube para resolver problemas pessoais e não voltou. Na passagem pelo cargo, comandou o time em oito partidas: venceu seis e empatou duas.
Em 2012, o clube investiu no uruguaio Juan Ramon Carrasco. No total, foram 36 jogos, com 22 vitórias, sete derrotas, sete empates e um aproveitamento de 67,6%. A passagem pelo clube durou apenas seis meses. Título que é bom, nada. Foi vice-campeão paranaense e chegou às quartas de final da Copa do Brasil. O gringo perdeu o emprego acusado, principalmente, de abusar demais dos improvisos.
Dois anos depois, o Atlético-PR foi mais ousado. Buscou um técnico na Europa. O espanhol Miguel Ángel Portugal assumiu o cargo e durou apenas cinco rodadas no Campeonato Brasileiro. Em 13 partidas, venceu cinco, empatou duas e perdeu seis.
A aposta nos europeus continuou com Dejan Petkovic. Contratado para liderar as divisões de base do Atlético-PR, o sérvio acabou comandando a equipe no Campeonato Paranaense. O time caiu nas semifinais diante do Londrina, que conquistou o Estadual.
Em 2015, Sergio Vieira chegou ao Atlético-PR para comandar a equipe sub-23. No fim das contas, assumiu interinamente o time principal quando Milton Mendes foi demitido. O lusitano comandou o Furacão em um empate por 0 x 0 com Brasília pela Copa Sul-Americana e numa derrota para o São Paulo no Campeonato Brasileiro.
A tradição do Atlético-PR de contratar técnicos importados vem de longe. Em 1943, o clube contratou o paraguaio Antônio Carbô. Em 1954, foi buscar o uruguaio Felix Magno. O argentino Filpo Nuñez passou pelo Furacão em 1957. O compatriota dele, José Poy, trabalhou por lá em 1985. Em 1991, foi a vez do o uruguaio Sergio Ramirez.
TÉCNICOS ESTRANGEIROS
Os professores importados dos clubes da Série A no século
» Atlético-PR
Lothar Matthäus (Alemanha), Juan Ramon Carrasco (Uruguai), Miguel Ángel Portugal (Espanha) Dejan Petkovic (Sérvia), Sergio Vieira (Portugal) e Clarence Seedorf (Holanda)
» São Paulo
Juan Carlos Osorio (Colômbia) e Edgardo Bauza (Argentina)
» Internacional
Jorge Fossatti (Uruguai) e Diego Aguirre (Uruguai)
» Corinthians
Dario Pereyra (Uruguai) e Daniel Passarella (Argentina)
» Flamengo
Reinaldo Rueda (Colômbia)
» Palmeiras
Ricardo Gareca (Argentina)
» Atlético-MG
Diego Aguirre (Uruguai)
» Cruzeiro
Paulo Bento (Portugal)
» Vitória
Dejan Petkovic (Sérvia)
» Vasco
Nenhum
» Botafogo
Nenhum
» Fluminense
Nenhum
» Santos
Nenhum
» Grêmio
Nenhum
» Chapecoense
Nenhum
» Bahia
Nenhum
» América-MG
Nenhum
» Ceará
Nenhum
» Paraná Clube
Nenhum
» Sport
Nehum