Cuca Vágner Mancini e Cuca levaram o São Paulo ao vice no Paulistão 2019. Foto: Rubens Chiri/SPFC Vágner Mancini e Cuca levaram o São Paulo ao vice no Paulistão 2019. Foto: Rubens Chiri/SPFC

Protagonistas na super quarta, Cuca e Vágner Mancini estavam no São Paulo até pouco tempo

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Alexi Stival, o Cuca, está na final da Libertadores depois de matar o bicho-papão Boca Juniors nas semifinais. Vágner Mancini afastou o Corinthians da zona de rebaixamento, não faz o melhor trabalho da carreira, mas entrega o suficiente para a Fiel sonhar, no mínimo, com uma vaga para a Pré-Libertadores 2021. O Timão está em oitavo lugar no Brasileirão. Curiosamente, ambos passaram recentemente pelo São Paulo — líder isolado do Série A. No entanto, surpreendentemente nenhum deles deu liga, em 2019, no clube do Morumbi.

Cuca pediu demissão do São Paulo há 16 meses. Era setembro de 2019. Deixou o cargo com aproveitamento de 47,4%. Em 26 jogos, nove vitórias, dez empates e sete derrotas. A prancheta tricolor caiu nas mãos de Vágner Mancini, que na época ocupava o cargo de coordenador técnico do São Paulo. O profissional havia assumido o papel de treinador interino na saída de André Jardine e ajudara o time a chegar à final do Paulistão de 2019. Voltou a tapar buraco na saída de Cuca, mas deixou transparecer a ambição de ter sido efetivado.

A contratação do técnico Fernando Diniz machucou o ego de Vágner Mancini. O atual treinador do São Paulo chegou por uma porta e ele saiu pela outra rumo ao Atlético-MG. O aproveitamento foi de 43,58% em 13 jogos pelo Galo: quatro vitórias, cinco empates e quatro derrotas. A diretoria do clube mineiro escolheu contratar o venezuelano Rafael Dudamel.

 

Os melhores trabalhos de Cuca foram o título da Libertadores 2013 pelo Atlético-MG e o título do Brasileirão 2016 no Palmeiras. Vágner Mancini foi campeão da Copa do Brasil 2005 pelo Paulista de Jundiaí, vice com o Athletico-PR em 2013 e terceiro colocado no Brasileirão 2013 pelo Furacão

 

Vagner Mancini e Cuca não deram certo no São Paulo, mas, pelo menos, foram corretos no discurso do adeus. “Não sei dizer ao certo qual o problema. Se eu soubesse, falava. Vocês (imprensa) bateram muito no padrão de jogo. Eu gosto de marcação na frente, rápida. Não gosto de time que tem morosidade. Às vezes, ser mais objetivo. Infelizmente, o meu estilo não casou com o estilo do São Paulo. Não combinou”, alegou Cuca na entrevista de despedida. Curiosamente, o Santos finalista da Libertadores marca na frente, rápido. Não é moroso. E o elenco combinou, sim, com os conceitos de jogo do experiente técnico.

O atuou treinador do Corinthians não quis dividir espaço com Fernando Diniz. Ao estilo os incomodados que se retirem, escolheu sair de cena. Vágner Mancini argumentou que não queria ser sombra para o sucessor. “Foi uma decisão difícil, mas sensata, pensando no clube e nos outros profissionais que estão chegando”, explicou o comandante. “Desejo tranquilidade e leveza no desafio de uma reestruturação e no trabalho da nova comissão técnica”, alegou.

Arrependido de virar coordenador técnico, Vágner Mancini escolheu voltar a ser técnico. Fez trabalho mediano no Atlético-MG, mas realizava excelente trabalho no Atlético-GO até ser chamado para suceder Tiago Nunes no Corinthians.

No fim das contas, ficou bom para os três. Fernando Diniz lidera o Campeonato Brasileiro com o São Paulo. Cuca classificou o Santos para a decisão da Libertadores. Vágner Mancini espantou o fantasma do rebaixamento e pode levar o Corinthians à Pré-Libertadores.

 

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