A primeira noite do Brasileirão teve cara de Campeonato Argentino. Técnicos e jogadores do país vizinho assumiram o protagonismo nos campos da nossa primeira divisão nacional.
Eduardo Coudet estreou à deriva depois da eliminação do Internacional nas semifinais do Campeonato Gaúcho e do inicio cambaleante na fase de grupos da Copa Sul-Americana.
Sofreu o primeiro gol do Bahia liderado pelo técnico Rogério Ceni, mas conseguiu evitar a derrota do Internacional, no Beira-Rio, e salvar o próprio emprego. A crise estava se instalando.
Em São Paulo, outro argentino, o técnico Juan Pablo Vojvoda, apostou no sistema 3-5-2 para dar uma bugada no 3-4-1-2 do São Paulo e deixou o colega Thiago Carpini em dificuldade. O crédito da conquista da Supercopa do Brasil e da primeira vitória tricolor, em Itaquera, contra o Corinthians, acabou. A saída dele é debatida.
Culpa da boa exibição coletiva do Fortaleza e individual de dois argentinos. Lucero abriu o placar depois da assistência do compatriota Tomás Pochettino. O hermano Imamol Machuca ampliou o placar com passe de Pedro Augusto.
Protagonismo argentino à parte, gostei do empate entre Fluminense e Red Bull Bragantino. Para mim, o melhor duelo de sábado. O tricolor começa bem, Pedro Caixinha transforma o time na largada da etapa final, vira o placar, mas os donos da casa reagem novamente e impedem a derrota com uma noite inspirada do versátil meia Lima: dois gols.
Do ponto de vista estético, foi no mínimo triste ver cadeiras vazias no Maracanã na estreia do atual campeão da Libertadores no Brasileirão. O Fluminense não conquista a Série A desde 2012. O apoio deveria ter sido maciço logo na primeira rodada. A equipe merecia muito mais do que 16.431 pagantes. O Criciúma levou 12.408 torcedores ao Heriberto Hülse. O Inter atraiu 19.203 ao Beira-Rio. O São Paulo perdeu diante de 35.055 torcedores no Morumbi.
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