Em mais um capítulo do debate pela criação da Liga, 25 clubes assinaram nesta terça-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, uma ata de constituição da Liga Forte Futebol Brasil, adversária política da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). O encontro formalizou, inclusive, o estatuto do bloco e agrega 62,5% dos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Essa é a terceira liga criada em sete anos. Em 2015, havia saído do papel a Primeira Liga. O torneio nacional ignorado pela entidade máxima do futebol nacional teve duas edições conquistadas por Fluminense (2016) e Athletico-PR e depois sumiu do mapa.
O grupo liderado pelos presidentes do Atlético-MG, Sergio Coelho; do Athletico-PR, Mário Celso Petraglia; e do Fluminense, Mário Bittencourt, conta, ainda, conta com as rubricas de América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sampaio Corrêa, Sport, Vila Nova e Tombense.
“Demos mais um passo importante. Assinamos o Estatuto de constituição da Liga Forte Futebol do Brasil que já contempla a maioria dos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Além dessa constituição evoluímos em dois grandes pontos. Definimos um plano de trabalho na conclusão do plano de negócios e valuation, governança, fair play financeiro e plano de exploração de ativos comerciais e reforçamos a atuação em paralelo da comissão para negociar com a LIBRA focado no desejo de criar uma única Liga para o Futebol Brasileiro que seja equilibrada, justa e meritocrática”, disse o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt.
A formalização da Liga Forte Futebol Brasil e o aceno de Bittencourt encaminham a possibilidade de trégua na divisão do futebol brasileiro e a possibilidade de consenso para a criação de uma liga unificada capaz de agregar todos os interesses, principalmente no que diz respeito à distribuição das cotas de televisão. O montante pago pelos direitos de transmissão continua sendo a maior receita dos clubes de futebol.
Flamengo, Botafogo, Vasco, Cruzeiro, Corinthians, Santos, São Paulo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Ponte Preta, Guarani, Ituano e Novorizontino são adeptos da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Este grupo defende a divisão das cotas em 50% de forma igualitária. O outro bloco, oficializado na manhã desta terça-feira, prefere 25% proporcionais à performance esportiva, e 25% proporcionais a engajamento e audiência. Em meio à queda de braço, duas diretorias não assinaram com nenhum dos lados — Grêmio e Bahia.
Nas últimas semanas, os clubes da Liga Forte Futebol Brasil têm sido atuantes no Congresso Nacional na apresentação de demandas para a atualização da Lei Pelé. Presidentes e representantes jurídicos dos dois clubes desembarcaram na cidade para reuniões com o relator do projeto na Câmara, o deputado Felipe Carreras. O único sócio da Libra presente nos dois encontros realizados em Brasília foi o Guarani.
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