Novo técnico do Cruzeiro, Rogério Mücke Ceni já esteve em campo com um jogador do elenco celeste. O ex-goleiro e o centroavante Fred atuaram juntos em dois amistosos da Seleção Brasileira e participaram da Copa do Mundo da Alemanha em 2006 sob a batuta de Carlos Alberto Parreira. Fred fez gol na vitória por 2 x 0 sobre a Austrália na fase de grupos; e Rogério Ceni entrou em campo no lugar de Dida na goleada por 4 x 1 contra o Japão. Reservas naquele Mundial, treinaram juntos. A partir desta terça-feira, a relação será outra na Toca da Raposa: entre comandante e comandado.
Rogério Ceni e Fred jogaram juntos pela primeira vez no amistoso de despedida de Romário da Seleção Brasileira. Ambos entraram em campo no segundo tempo na vitória por 3 x 0 sobre a Guatemala, no Pacaembu, em São Paulo. Parreira colocou Ceni em campo no lugar de Marcos. Fred, curiosamente jogador do Cruzeiro à época, substituiu Robinho depois do intervalo.
Ambos também estavam em campo em uma partida crucial para eles: o último amistoso antes do anúncio dos convocados para a Copa do Mundo da Alemanha. Parreira escalou Rogério Ceni como titular na vitória por 1 x 0 sobre a Rússia no Lokomotiv Stadium, em Moscou. O jovem Fred entrou no lugar do consagrado Ronaldo aos 20 minutos do segundo tempo. Ronaldo havia marcado o gol da vitória aos 14 do primeiro tempo.
O bom relacionamento de Fred com o técnico Rogério Ceni passará obviamente pelo sistema tático. O centroavante teve divergências com Mano Menezes na Seleção Brasileira e no Cruzeiro por causa da opção do treinador por escalar o time sem um homem de referência na frente. Houve perdão na chegada de Fred ao Cruzeiro para trabalhar com Mano Menezes, mas o descontentamento do jogador voltou à tona depois da eliminação contra o River Plate nas oitavas de final da Copa Libertadores da América.
Rogério Ceni e Fred jogaram juntos no amistoso contra a Guatemala, em 2005, na despedida de Romário; e contra a Rússia em 2006, no último teste da Seleção Brasileira antes da convocação para a Copa da Alemanha
“É lógico que a gente fica triste por sair do time, mas a gente entende, também, que é uma característica do Mano, de marcar bem lá atrás, com todo mundo, e sair no contra-ataque, e eu não encaixo nessas características dele”, reclamou Fred.
O treinador começou o trabalho no São Paulo utilizando homem de referência. Lucas Pratto era o centroavante na estreia tricolor contra o próprio Cruzeiro na primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2017, no Mineirão. Ele também contava com Gilberto. No mesmo São Paulo, transformou Cueva em falso 9. O peruano decidiu jogos relevantes para o treinador, como por exemplo um clássico contra o arquirrival Santos.
A passagem pelo Fortaleza também demonstra o desapego do treinador por homens de referência. Ressuscitou o centroavante Gustavo, o Gustagol. Descobriu Júnior Santos, um dos artilheiros da Copa do Nordeste ao lado de Gilberto, com oito gols. Vinha utilizando Wellington Paulista como homem de referência do tricolor de aço. Rogério Ceni gosta de centroavantes como Fred, mas, assim como Mano, não se apega a um camisa 9. O sucesso de Cueva no São Paulo é o exemplo disso. Fred precisa ser malevável, compreensivo com o agora técnico Rogério Ceni.
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