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Payet, o pequeno gigante da Colina na classificação do Vasco na Copa do Brasil

Publicado em Esporte

Payet recebe lançamento e domina a bola preparando, antevendo o chute no lance genial que dá origem ao primeiro gol do Vasco contra o Água Santa. Payet cobra falta na cabeça do layeral Lucas Piton no cruzamento do empate por 3 x 3 levando a decisão da vaga para os pênaltis. Payet abre a série de cobranças do time cruzmaltino, converte e pilha São Januário. 

 

Impossível não considerar Payet — e o goleiro Léo Jardim — protagonistas da classificação dramática do Vasco para a terceira fase da Copa do Brasil. O meia francês incorporou o espírito cruzmaltino. Contagia o time. Inflama a torcida. Assume a responsabilidade da primeira e da última bola. Tem a confiança de Ramón Díaz, dos companheiros e da fanática torcida. O combo perfeito para se candidatar a mais um ídolo na galeria dos heróis do Gigante da Colina. 

 

Fininho, Payet é o vice-artilheiro do Vasco nesta temporada. Três gols ao lado de David. Somente o centroavante Vegetti tem mais bolas na rede do que eles. O camisa 10 é arco e flecha. Tem cinco assistências na temporada. Comprometido ao extremo com a causa cruzmaltina. 

 

O profissionalismo de Payet lembra as entregas do meia Clarence Seedorf no Botafogo e a do centroavante Luis Suárez no Grêmio. Não veio a passeio. Está muito a fim de marcar território.

 

A classificação do Vasco foi sofrida, porém não deveria. O aborrecimento de Ramón Díaz ao caminhar sozinho até o vestiário enquanto o elenco celebrava a classificação nos pênaltis é compreensível. O time fez 2 x 0 no primeiro tempo e abriu mão do controle da partida. Permitiu a virada do Água Santa. Não houve pane tática no consolidado sistema 3-5-2. Faltou, sim, concentração, foco na conclusão do serviço.

 

Minutos de desatenção quase comprometeram o planejamento financeiro de uma temporada inteira. Os fantasmas de eliminações traumáticas contra ABC, Juazeirense, Baraúnas, Gama entre outros fez com que torcedores abandonassem São Januário após o terceiro gol dos paulistas.

 

Quem não arredou os pés do caldeirão viu o milagre da classificação acontecer com a marca de um outro herói. Muralha no cara a cara com Gabriel Barbosa no Clássico dos Milhões, o goleiro Léo Jardim pegou a cobrança de Andrés Robles e intimidou Bruno Mezenga. O atacante acertou a trave e o Vasco acertou todas.


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