Onze motivos por que o Brasiliense conquistou o 11º título e consolidou a hegemonia no Candangão

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Com o bi, o Brasiliense está a dois títulos do recorde do arquirrival Gama. Foto: Jonas Pereira/Divulgação

Parafraseando a canção dos Demônios da Garoa, o Brasiliense não perdeu o trem dos onze títulos. Embarcou na locomotiva e é o velho novo campeão do Distrito Federal. O empate por 1 x 1 com o Ceilândia, no Abadião, foi suficiente para ganhar a 11ª conquista em 22 anos ao clube fundado em 1º de agosto de 2000. O time amarelo havia vencido a partida de ida por 2 x 1 na semana passada. Portanto, recebe a taça graças ao placar agregado de 3 x 1. A seguir, o blog explica em 11 tópicos por que o Jacaré confirmou o bicampeonato, consolidou a hegemonia no futebol local e se aproxima cada vez mais do recorde de 13 troféus do arquirrival Gama. 

  1. Falta de concorrência

Hoje, o Brasiliense tem adversários. Concorrentes, não! No ano passado, ganhou o título com o pé nas costas. Neste, sofreu um pouquinho. Acumulou derrotas e empates contra Gama, Brasília, Unaí, Capital e o próprio Ceilândia. Embora seja o rival mais duro nas últimas duas temporadas, o Gato Preto ainda não é ameaça à hegemonia amarela.

  1. Intervenção

A diretoria do Brasiliense não perdeu o “time” para fazer mudanças. A aposta em Reinaldo Gueldini no início da temporada era merecida, mas o trabalho não estava caminhando. As derrotas para Gama, Brasília e Unaí foram cruciais para o retorno de Gueldini ao cargo de auxiliar e a contratação do experiente Celso Teixeira, que iniciou a arrancada do bi.

  1. Experiência

Celso Teixeira é especialista em conquistar títulos de campeonatos estaduais periféricos. Desembarcou no Brasiliense com dois títulos do Campeonato Alagoano por Corinthians (2004) e Coruripe (2011), um Sergipano pelo Itabaiana (2012) e o Potiguar à frente do Potiguar de Mossoró (2013). Portanto, em terra de cego, quem tem um olho é rei.

  1. Padrão e equilíbrio

Celso Teixeira tinha currículo, mas pouco conhecimento sobre o futebol do DF. Havia passado rapidamente pelo Gama, mas fazia tempo. A decisão de manter Reinaldo Gueldini na comissão técnica e profissionais como Guto no elenco queimou etapas e Celso Teixeira deu novo padrão de jogo e o ponto de equilíbrio entre ataque e defesa.

  1. Velha fórmula

A média de idade do elenco do Brasiliense é de 29,67 anos. No entanto, o time do início do segundo jogo da final contra o Ceilândia era mais experiente: 31,18 anos. Dos 11 titulares, oito têm acima dos 30 anos: Edmar Sucuri, Badhuga, Gustavo Henrique, Aldo, Ferrugem, Zotti, Luquinhas e Marcão. A fórmula costuma funcionar no Candangão. Na Série C, não!

  1. Cobra criada

A saída do veterano goleiro Fernando Henrique fez um bem danado ao excelente Edmar Sucuri. Deu confiança para ele retomar a posição e se tornar não somente um dos líderes da defesa, mas um dos homens de confiança do time. Quando o calo aperta, o elenco sabe que pode contar com os milagres do camisa 1 lá atrás debaixo das traves.

  1. Matador substituto

Quem não tem Zé Love, suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, caça gols com Marcão. As nove bolas na rede do centroavante de 36 anos supriram a ausência do ídolo e foram decisivas na campanha do bicampeonato. Marcão brilhou, por exemplo, no primeiro combate contra o Ceilândia pelo título e conquistou a artilharia do Candangão.

  1. Olho no apito

Há quem não acredite no peso dos bastidores no futebol, mas ajuda. O dono de tudo jogou de comentarista de arbitragem em algumas transmissões do Candangão. As análises influenciam positivamente ou negativamente na atuação dos homens do apito. Pode até intimidar. Extracampo não decide título, óbvio, mas bota pressão.

  1. Obsessão

O Brasiliense nasceu, em 1º de agosto de 2000, com uma obsessão: tomar do Gama o status de clube mais vitorioso do Distrito Federal. Um ano depois da fundação, decidiu o título de 2001 com o time alviverde e inaugurou uma rivalidade local. O Brasiliense ostenta 11 troféus em 22 anos e está a dois de igualar o recorde alviverde. Questão de tempo.

  1. Símbolo

Times vencedores têm um símbolo. Autor do gol de empate no segundo jogo da final contra o Ceilândia, o volante Aldo é a síntese disso. São cinco títulos em sete finais com a camisa amarela e a fama de iluminado em decisões. Marcou, por exemplo, no título da Copa Verde contra o Remo. Aldo encerra o Candangão com seis gols, três atrás do artilheiro.

  1. Poder feminino

O Palmeiras conquistou o Campeonato Paulista sob o comando da presidente Leila Pereira. O Brasiliense também chega ao bicampeonato do Distrito Federal liderado por uma mulher. Luiza Estevão é uma das gestoras do clube e teve habilidade para manter o time nos trilhos no momento mais difícil da campanha, como as derrotas para Gama, Brasília e Unaí.

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Marcos Paulo Lima

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