Oito dias que turbinaram a autoestima do técnico do Internacional, Mano Menezes

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Mano Menezes é um dos melhores técnicos do país. Opinião minha. Os times dele não arrancam suspiros, mas são muito organizados, pragmáticos, competitivos e difíceis de serem batidos. Posso citar aquele Grêmio vice-campeão da Libertadores em 2007; o Corinthians vencedor da Série B em 2008 e da Copa do Brasil em 2009; o Cruzeiro bi do mata-mata nacional em 2017 e em 2018; o Inter vice da Série A no ano passado e o histórico 15 de Novembro de Campo Bom (RS), semifinalista da Copa do Brasil em 2004.

O treinador do Internacional concluiu neste domingo na vitória por 1 x 0 contra o Goiás, no Beira-Rio, oito dias que massagearam o ego um tanto ferido. Em novembro de 2012, a dupla de presidentes da CBF formada por José Maria Marin e Marco Polo Del Nero interromperam o trabalho de Mano para demiti-lo e contratar a dupla Felipão e Parreira. Deu no que deu…

Pessoas próximas de Mano com quem conversei dizem que ele esperava, sim, ser lembrado para assumir a prancheta deixara por Tite na Seleção Brasileira. Currículo ele tem. Inclusive na CBF, óbvio. No entanto, ele está fora da lista de desejos do presidente Ednaldo Rodrigues. Embora não conquiste um título expressivo desde a Copa do Brasil de 2018, Mano resgata a autoestima.

No ano passado, levou o Inter ao vice-campeonato. Neste, está invicto. Acumula sete pontos na quarta posição. Os oito dias de orgulho do que faz no Inter começaram na vitória por 2 x 1 contra o Flamengo de Jorge Sampaoli. Mano adora triunfos contra adversários badalados como o argentino. Na sequência, teve mais sorte do que juízo na classificação nos pênaltis contra o CSA para as oitavas de final da Copa do Brasil.

No meio do caminho, ele foi consultado por emissários do presidente Duílio Monteiro Alves para assumir o Corinthians e se deu ao luxo de dizer que cumprirá o contrato com o Internacional e frustrou cartolas que o demitiram do clube paulista em 2014. O presidente à época era Mario Gobbi. Mano deve ter dito um saboroso “não”. À época, ele se despediu de maneira irônica dizendo que sabia quem chegaria. Tite retornou ao clube e assumiu o elenco em 2015.

Os oito dias que massagearam o ego do Mano terminaram neste domingo, no Beira-Rio. O golaço de De Pena na vitória contra o Goiás confirmou a segunda vitória consecutiva do time colorado no Campeonato Brasileiro. O Internacional tem sete pontos em nove disputados e um trabalho muito interessante na luta pela quebra do tabu de 43 anos sem título no Brasileirão.

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Marcos Paulo Lima

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