O “Risco-Brasil” no quadrangular final do Pré-Olímpico após o empate contra a Colômbia

Compartilhe

O Brasil não se classificou para as últimas duas edições do Mundial Sub-20. Não conquistou em campo a vaga para o Mundial Sub-17. Participou e foi campeão devido ao veto da Fifa ao Peru para abrigar o torneio. Além de virar sede do evento, herdou a vaga depois do fracasso no Sul-Americano da categoria. Portanto, não será novidade se os atuais campeões olímpicos não carimbarem o passaporte rumo a Tóquio. O empate com a anfitriã Colômbia no quadrangular final do Pré-Olímpico coloca em dúvida a capacidade do elenco de obter um dos dois bilhetes.

A exibição do Brasil contra a Colômbia foi um resumo da campanha na primeira fase. Cheia de altos e baixos. Irregular. A Seleção comandada por André Jardine sofreu seis gols em cinco jogos. Muito. Demais até. Isso pode ser fatal nesta fase. Nas próximas rodadas, a trupe do centroavante Matheus Cunha — autor do gol salvador no empate com os donos da casa — terá pela frente seus dois maiores rivais: Uruguai e Argentina.

Esqueça aquele papo de que a Celeste é fraca e perdeu para o Brasil na fase de grupos. É outro jogo, outra história. Em caso de derrota, o Uruguai dará adeus ao sonho de brigar pela terceira medalha de ouro. Consequentemente, entrará em campo desinteressado contra a Colômbia na última rodada. Enquanto isso, em tese, Brasil e Argentina travarão um duelo à parte.

Vencer o Uruguai (novamente) virou obrigação para quem ressuscitou a Celeste com aquele gol de virada sobre o Paraguai. O país vizinho estava fora da festa, arrumando as malas para deixar a Colômbia. Pepê virou o jogo e cancelou o embarque uruguaio de volta para Montevidéu. A Celeste é a seleção mais fraca do quadrangular final, mas trata-se de um clássico. Detalhe: o Uruguai enfrentou o Brasil na fase de grupos. Perdeu, mas aprendeu.

Por sinal, o Brasil estreou mal no quadrangular final do Pré-Olímpico. No torneio de 2004, começou perdendo para a Argentina e se complicou. Bateu o Chile por 3 x 1 na segunda rodada, mas o time de Robinho e Diego, liderado por Ricardo Gomes, foi incapaz de empatar com o Paraguai na última rodada e deu adeus ao sonho olímpico.

Um personagem do Pré-Olímpico de 2020 estava no fracasso de 2004. O tetracampeão Branco também era o coordenador de base da CBF na competição disputada no Chile. Portanto, recomenda-se que a voz da experiência converse com o elenco atual sobre o vexame da geração de Gomes, Alex, Edu Dracena, Robinho, Diego, Elano, Dagoberto, Nilmar… Enquanto há tempo.

Siga o blogueiro no Twitter: @mplimaDF

Siga o blogueiro no Instagram: @marcospaul0lima

Siga o blog no Facebook: https://www.facebook.com/dribledecorpo/20

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Do Mundial Sub-17 à final da Sula: Cruzeiro restaura Veron e Kaio Jorge

Há cinco anos, Gabriel Veron e Kaio Jorge brindavam o Brasil com uma virada épica…

4 horas atrás
  • Esporte

Roger Machado criou um lateral-direito e a Seleção precisa testá-lo

Roger Machado inventou um lateral-direito e a Seleção Brasileira precisa prestar atenção nele. Em tempo…

10 horas atrás
  • Esporte

Nations League: Sorteio das quartas reedita três finais de Copa do Mundo

O sorteio das quartas de final da Nations League nessa sexta-feira, em Nyon, na Suíça,…

1 dia atrás
  • Esporte

Ronaldo Fenômeno articula candidatura à presidência da CBF em Brasília

Os movimentos de Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo, são friamente calculados desde uma viagem…

2 dias atrás
  • Esporte

Técnica brasiliense Camilla Orlando ganha Candangão e Paulistão em 11 meses

Menos de um ano depois de levar o Real Brasília ao título do Campeonato Feminino…

3 dias atrás
  • Esporte

A fartura de talento da França e a precisão na “bola parada” contra a Itália

Atual vice-campeã mundial, a França é uma seleção sempre pronta para competir, mas não necessariamente…

5 dias atrás