Neymar terá quinto técnico diferente em oito temporadas na Europa

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Thomas Tuchel e Neymar: melhor campanha da história do PSG na Champions. Foto: PSG

 

Com a iminente saída do alemão Thomas Tuchel do Paris Sanit-Germain, Neymar terá o quinto técnico diferente em oito temporadas na Europa. O brasileiro desembarcou no Velho Mundo em 2013 para vestir a camisa do Barcelona. Desde então, recebeu ordens do argentino Gerardo Martino, dos espanhóis Luis Enrique e Unai Emery e recentemente do alemão Tuchel.

A primeira temporada de Neymar na Europa foi em 2013/2014. Apesar do período de adaptação ao Barcelona, fez 15 gols em 41 jogos sob o comando de Gerardo Martino. No estágio seguinte, brilhou ao lado de Lionel Messi e Luis Suárez na conquista da Champions League de 2014/2015. O badalado trio MSN jogava sob a batuta de Luis Enrique.

Aquela foi a melhor temporada individual de Neymar na Europa. Contribuiu com 39 gols em 51 jogos. Ajudou o clube a conquistar o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei e a Champions League. Além de marcar o gol do título no triunfo por 3 x 1 sobre a Juventus, em Berlim, terminou como artilheiro do torneio continenal ao lado de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Cada um fez 10 gols. Consequentemente, disputou o prêmio de melhor do mundo com o português e o argentino e ficou em terceiro lugar. Por sinal, a melhor colocação do brasileiro.

Neymar também voou baixo na primeira temporada no Paris Saint-Germain. Comprado por 222 milhões de euros, chegou ao clube com status de maior transação da história do futebol. Entre tapas e beijos com o técnico espanhol Unai Emery, marcou 28 gols em 30 jogos em 2017/2018. Média de quase uma bola na rede por jogo atuando ao lado de Cavani e Mbappé.

 

Treinadores de Neymar na Europa

2013/2014: Gerardo Martino (Barcelona)

  • Título: Supercopa da Espanha
  • Desempenho: 15 gols em 41 jogos

2014/2015: Luis Enrique (Barcelona)

  • Títulos: Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Champions League
  • Desempenho: 39 gols em 51 jogos

2015/2016: Luis Enrique (Barcelona)

  • Títulos: Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Supercopa da Uefa e Mundial de Clubes
  • Desempenho: 31 gols em 49 jogos

2016/2017: Luis Enrique (Barcelona)

  • Títulos: Copa do Rei e Supercopa da Espanha
  • Desempenho: 20 gols em 45 jogos

2017/2018: Unai Emery (PSG)

  • Títulos: Campeonato Francês, Copa da França, Copa da Liga, Supercopa da França
  • Desempenho: 28 gols em 30 jogos

2018/2019: Thomas Tuchel (PSG)

  • Títulos: Campeonato Francês, Supercopa da França
  • Desempenho: 23 gols em 28 jogos

2019/2020: Thomas Tuchel (PSG)

  • Títulos: Campeonato Francês, Copa da França, Copa da Liga, Supercopa da França
  • Desempenho: 19 gols em 27 jogos

2020/2021: Thomas Tuchel (PSG)

  • Títulos: temporada em andamento
  • Desempenho: 9 gols em 12 jogos

 

A série de lesões no PSG não permitiu a Neymar repetir os desempenhos individuais da segunda temporada no Barcelona nem da primeira no PSG, mas ele conseguiu levar o clube francês à inédita final da Champions League em 2019/2020 sob as ordens do técnico alemão Thomas Tuchel. Só faltou o título. O Bayern de Munique venceu a decisão, em Lisboa.

Ao contrário de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, Neymar ainda não foi comandado por um técnico de ponta na Europa. O argentino fez parceria histórica com Pep Guardiola. O português foi jogador de Alex Ferguson no Manchester United. Também trabalhou com José Mourinho e Zinedine Zidane no Real Madrid. O brasileiro aguarda pela definição do novo chefe.

A imprensa francesa aponta favoritismo para Mauricio Pochettino. Embora ele tenha levado o Tottenham à final da Champions League em 2019, ele não é um treinador da primeira prateleira na Europa. No entanto, as maiores opções estão sob contrato. Impossível arrancar Pep Guardiola do Manchester City. Inimaginável tirar Jürgen Klopp do Liverpool. Zinedine Zidane vive altos e baixos no Real Madrid. Balança, dá pinta de que vai cair, mas resiste.

Dinheiro não falta ao Qatar Sports Investment (QSI), grupo que comanda o PSG, para contratar quem quiser. A questão é achar um profissional de ponta disponível no mercado. Enfraquecido na seleção da Alemanha, Joachim Löw poderia ser uma alternativa. Massimiliano Allegri está desempregado desde o adeus à Juventus. A tendência desenhada pela imprensa francesa é partir para nomes de segunda linha. Pochettino puxa a fila, mas há outros nomes à espera de convites, como Leonardo Jardim, Maurizio Sarri, Lucien Favre, Luciano Spaletti… Perguntar não ofende: Leonardo teria coragem para peitar a CBF e tirar Tite da Seleção? Dinheiro a QSI tem!

 

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