Foi uma noite de reconciliação da massa do Atlético-MG com Alexi Stival, o Cuca. Talvez, de renovação dos votos de confiança no trabalho de quem levou o clube ao título inédito da Copa Libertadores da América em 2013. Paralelamente, a torcida do Santos teve uma terça nostálgica. Sentiu muita saudade de Cuca na segunda derrota consecutiva na fase de grupos.
Há quatro meses, o Santos, de Cuca, eliminava o Boca Juniors nas semifinais da Libertadores por 3 x 0 no placar agregado. Mais do que isso: colocava o time argentino na roda com um belíssimo, agradável, atraente e encantador futebol apresentado pelos meninos da Vila.
Nesta terça, o Santos era uma caricatura. Uma prova de que a aquele time do Cuca virou abóbora. Imerso na crise, sem técnico depois do pedido de demissão de Ariel Holan e com um futebol muito abaixo da crítica, principalmente no segundo tempo, perdeu por 2 x 0.
Em janeiro, o mesmo Santos havia empatado por 0 x 0 na partida de ida da semifinal da Libertadores jogando muito bola. Trouxe para o Brasil resultado injusto. Vale lembrar que o atacante Marinho sofreu pênalti ignorado pela arbitragem, em Buenos Aires.
Cuca poderia ter continuado no Santos, mas escolheu largar o cargo depois da prova de superação ao levar o time ao vice na Libertadores na temporada passada. Estava no limite. Matou no peito e absorveu, como se fosse um super-herói, as mazelas do clube paulista.
Ariel Holan durou míseros 12 jogos na Vila Belmiro. Não teve — nem deve se exigir dele — a paciência de Jó do antecessor. Sobretudo quando um dos argumentos para o pedido de demissão é a violência psicológica de parte da torcida a um trabalhador de 60 anos.
Enquanto a torcida do Atlético-MG que ver Cuca longe da beira do campo, a do Santos provavelmente o receberia de volta de braços abertos. Pergunte a um se fecharia as portas do Centro de Treinamento Rei Pelé para o treinador mal-amado na Cidade do Galo.
Se ainda resta um pouquinho de amor no coração dos atleticanos por quem levou o clube ao olimpo da América do Sul em 2013, bastou para a renovação dos votos da parceria com Cuca na vitória por 2 x 0 sobre o América de Cáli — a primeira na fase de grupos da Libertadores.
Como há roteiros que só os deuses do futebol vislumbram, o curta-metragem desta terça teve participação especial do Incrível Hulk. Entre tapas e beijos com o técnico, ele entrou em campo e resolveu com a perna canhota. Primeiro, de pênalti. Depois, de fora da área. Resumo da noite: enquanto a torcida do Galo chora de barriga cheia, a do Santos está órfã de Cuca.
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