WhatsApp Image 2021-07-07 at 00.29.09 Messi corre para celebrar classificação nos pênaltis contra a Colômbia. Foto: Minvervino Júnior/CB.DA.Press Messi corre para celebrar classificação nos pênaltis no jogão contra a Colômbia. Foto: Minvervino Júnior/CB.DA.Press

Messi terá final perfeita para convencer jurados de que é melhor do mundo pelo que fez na… América!

Publicado em Esporte

Lionel Messi sofreu contra uma excelente Colômbia, no Mané Garrincha, em Brasília, na noite desta terça-feira, ao empatar por 1 x 1 no tempo normal e triunfar por 3 x 2 nos pênaltis, mas terá uma final para chamar de sua no sábado, às 21h, contra o Brasil, no Maracanã.

Eliminado nas oitavas de final da Champions League, terceiro colocado no Campeonato Espanhol e campeão da Copa do Rei da Espanha, Messi não fez por merecer sequer indicação ao sétimo prêmio de melhor do mundo com a camisa do Barcelona. Entretanto, pode revolucionar as história dos prêmios Fifa The Best e Bola de Ouro da revista France Football, e mudar o patamar da desvalorizada Copa América. Enquanto a Eurocopa é o torneio do futebol coletivo, o torneio sul-americano segue refém de super-heróis.

A decisão de domingo parece ter sido combinada. Está marcada para o dia 10. Entre dois camisas 10: Neymar e Messi. Vale o 10º título para o Brasil. O popular deca. Em um estádio nota 10, o Maracanã. Com duelo entre as duas seleções dos melhores 10 da história — Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, e Diego Armando Maradona. A um gol de igualar os 77 de Pelé reconhecidos pela Fifa em exibições contra combinados nacionais, Messi pode equiparar-se ao 10 justamente no país do Rei do futebol.

O superclássico de sábado é a vitrine perfeita para Messi sensibilizar os jurados de que merece o hepta de melhor do mundo  porque comeu a bola na Copa América. Tem quatro gols e cinco assistências. Participou diretamente de nove das 11 bolas na rede da Argentina. Se derrotar o Brasil no sábado, dará ao país o primeiro título em torneio profissional desde 1993, quando a Argentina venceu o México e ganhou a Copa América no Equador. São 28 anos na fila.

O título seria o primeiro de Messi pela Argentina depois de três vices na Copa América, em 2007, 2015 e 2016; e um na Copa do Mundo, em 2014. Este último justamente no Maracanã, na derrota para a Alemanha. Não faltam ingredientes para Messi convencer o colégio eleitoral da Fifa e da France Football de que seu título na Copa América tem valor.

Quer mais um? Messi pode ser campeão continental na condição de desempregado. Está sem vínculo com o Barcelona e qualquer clube desde a 0h do último dia 1º de julho. Neste momento, o único cordão umbilical é com as cores azul e branca do uniforme celeste. E ele nunca esteve tão pilhado para conquistar o título coletivo e pessoal numa temporada sem referências, até agora, na Europa. A Champions League teve um campeão, o Chelsea, com futebol coletivo. A Eurocopa segue o mesmo caminho depois das eliminações precoces de Lewandowski (Polônia), Cristiano Ronaldo (Portugal), Mbappé (França) e De Bruyne (Bélgica).

Por tudo isso, não seria aberração Messi fazer do possível título inédito na Copa América seu palanque político para fazer uma Argentina que, há nove meses, chorava a dor da perda de Diego Armando Maradona, sair às ruas para celebrar Messi e o fim dos 28 anos de jejum.

 

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