A manutenção do gramado da Arena BRB Mané Garrincha está mudando de mãos pela primeira vez desde a inauguração do estádio, em 2013. O blog apurou que a Greenleaf Gramados está tirando o time e os aparelhos do campo depois de 10 anos de parceria com a principal casa do futebol candango. A prestação de serviço começou na gestão pública do Governo do Distrito Federal (GDF) e continuou até a última segunda-feira (2/10) na administração privada da Arena BSB. Vencedora da licitação em 2012 durante o governo de Agnelo Queiroz, a firma foi responsável pela instalação do gramado original.
A reportagem apurou que manutenção do gramado custava à Arena BSB aproximadamente R$ 30 mil por mês — R$ 360 mil por ano. Os dois lados mantêm os valores confidenciais sob sigilo. O valor estimado é menos da metade do montante anual aprovado pela Novacap no último aditivo do contrato de licitação com a Greenleaf. Em 2019, a continuidade do serviço foi sacramentada por R$ 775 mil. Apesar da diferença nos valores, a gestora privada do Mané e a firma carioca não chegaram a um consenso sobre reajuste e optaram pelo rompimento em comum acordo.
O custo do serviço não é o único motivo do fim do “casamento”. A relação estava desgastada por pelo menos dois motivos: a dificuldade para manter a qualidade do setor norte do piso — sentido autódromo e a maratona de shows dentro das quatro linhas da arena multiuso. O deficit de iluminação artificial causado pelo teto do estádio torna uma fatia do gramado dependente da luz suplementar para evitar danos maiores. O estádio contava com o aparelho fornecido pela ex-parceira.
A sequência de shows alternada com jogos de ponta também causava desgastes e aumentava a pressão para que a firma entregasse gramado impecável a toque de caixa. Foi assim, por exemplo, no amistoso de despedida da Seleção feminina para a Copa do Mundo. O último serviço prestado pela empresa foi a troca de parte do piso para a próxima agenda de partidas do Mané.
O estádio não ficará sem manutenção. O blog apurou que o plano é contar com a consultoria de uma das maiores especialistas em gramados do país. A preferência é por Maristela Kuhn. Uma equipe fixa da Arena BSB assumirá os serviços de mão de obra coordenados por ela.
A engenheira agrônoma gaúcha é responsável pelos gramados do Morumbi e do Beira-Rio, dois dos melhores do país. A profissional foi coordenadora de gramados da Fifa na Copa das Confederações, na Copa do Mundo e Jogos Olímpicos do Rio-2014, presta serviços à Conmebol e foi responsável pela Comissão Nacional de Inspeção de Estádios (CNIE) — vinculada à diretoria de competições da CBF na administração do ex-presidente da entidade, Rogério Caboclo.
Maristela Kuhn defende em palestras da Conmebol alguns princípios básicos para a qualidade do gramado: infraestrutura, gramado adaptado ao clima da região, drenagem a vácuo, bons equipamentos de luz e corte e trocas constantes de gramado em setores importantes do campo como a pequena área, onde o goleiro atua, a marca do pênalti e a grande área.
Um dos equipamentos essenciais é a luz suplementar. O setor norte do gramado do Mané Garrincha não sobrevive sem ele. O blog pesquisou que o produto da marca SGL custa cerca de R$ 500 mil. A carência de iluminação natural na principal arena do Distrito Federal demanda a utilização diária do “sol artificial”. Mantê-lo funcionando 30 dias não é nada barato.
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