Jobson vestirá a camisa do Luziânia no Candangão 2021. O atacante de 32 anos está próximo de oficializar acerto com o clube goiano — bicampeão do Distrito Federal em 2014 e 2016. A nova diretoria confirma o interesse. Polêmico, o jogador com passagem por Brasiliense, Capital e Santa Maria considera o negócio fechado. Se não houver reviravolta, ele se apresentará para os treinos em Caldas Novas (GO), onde o técnico Ricardo Antônio comandará a pré-temporada. Nos bastidores, o Luziânia vive um clima político agitado e instável devido à crise na prefeitura na cidade.
Em entrevista ao blog, o presidente Armelindo Felício admitiu o diálogo para contar com Jobson. “Estamos negociando. Faltam apenas os exames médicos e o parecer do nosso jurídico sobre o contrato. Esperamos oficializar até segunda-feira”, afirmou o dirigente. O atacante deixou o futebol candango no início de 2019. O Brasiliense decidiu dispensá-lo alegando “conflito interno”. Dos três títulos de Jobson na carreira, dois foram pelo time em que revelou o paraense de Conceição do Araguaia — as edições de 2007 e 2008 do Candangão. Pelo Botafogo, ganhou a Taça Guanabara em 2015.
O atacante disputou a Série D do Brasileirão pelo Campinense. Ele disputou 13 dos 14 jogos do time paraibano e marcou três gols. Foi o artilheiro da Raposa na competição. Sexto colocado no Grupo A3, o tradicional time de Campina Grande se classificou para o mata-mata da competição nacional. Também em 2020, defendeu Independente-PA e a Portuguesa. Fechou com o União Cacoalense, mas não jogou pela equipe de Rondônia.
Jobson está no Rio de Janeiro aguardando o endereço da pré-temporada para o início dos treinos. O último jogo foi contra o Afogados-PE, em 21 de novembro. Jobson balançou a rede duas vezes na goleada por 4 x 1 contra o Globo-RN e no empate por 1 x 1 com o Floresta na fase de grupos da quarta divisão.
“O que eu posso dizer é que o Jobson que veio aqui para Campina, que veio aqui para o Campinense, é um Jobson mais maduro, mais focado na família, que aprendeu muito com os erros que cometeu dentro de campo”
Jobson, na apresentação ao Campinense, em agosto
No Luziânia, Jobson deve atuar ao lado de outros medalhões como o meia mineiro Ramon, de 32 anos, revelado pelo Atletico-MG e com passagem por Corinthians, Flamengo, CSKA e Brasiliense; e o também armador Héverton, escalado irregularmente pela Portuguesa contra o Grêmio na ultima rodada do Brasileirão 2013. O episódio foi parar na Justiça. A Lusa, que havia escapado em campo da queda, caiu para a Série B, livrando o Fluminense do terceiro rebaixamento.
Eliminado pelo Brasiliense nas quartas de final no ano passado, o time do Entorno estreia no campeonato doméstico em 21 de fevereiro contra o Brasiliense, no Serra do Lago.
Com passagem por Botafogo e Atletico-MG entre os times grandes do país, Jobson luta contra a dependência química desde 2010. Estava próximo do acerto com o Cruzeiro quando testou positivo em exame antidoping da CBF. Ele negou uso de drogas, mas depois admitiu o consumo de crack e foi suspenso por dois anos pelo STJD. Em 2015, levou o Botafogo à final do Campeonato Carioca contra o Vasco, mas não disputou a decisão do Estadual devido a um teste positivo relativo ao período em que atuou no Al-Ittihad da Arábia Saudita. Jobson também chegou a ser preso após acusação de estupro de vulneráveis e por ter causado a morte de um homem em um acidente de carro.
Na chegada ao Campinense em agosto do ano passado, Jobson afirmou à imprensa paraibana: “O que eu posso dizer é que o Jobson que veio aqui para Campina, que veio aqui para o Campinense, é um Jobson mais maduro, mais focado na família, que aprendeu muito com os erros que cometeu dentro de campo e focado nesse objetivo de ajudar esse grupo maravilhoso a conquistar o objetivo de conseguir o acesso para a Série C”.
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