Já é ano olímpico! Final da Copa do Imperador inaugura o palco principal dos Jogos de Tóquio-2020 com Iniesta, Villa e Podolski em campo

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A Copa do Imperador do Japão é um evento disputado desde 1921, preferencialmente no primeiro dia do ano, e badalado apenas nas fronteiras da terra do sol nascente. Neste 1º de janeiro de 2020, será diferente. As imagens da decisão da 99ª edição do torneio entre Vissel Kobe e Kashima Antlers ganhará repercussão mundial. O duelo será no Estádio Nacional de Tóquio — palco das cerimônias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020; das competições de atletismo, rúgbi, e finais do futebol.

Construído por R$ 5 bilhões entre dezembro de 2016 e novembro de 2019, o Estádio Nacional de Tóquio foi entregue pelo primeiro-ministro japonês Shinzo Abe não receberá um evento-teste qualquer. A partida desta quarta-feira marcará a despedida oficial do atacante David Villa do futebol. O titular da Espanha na conquista do título da Copa do Mundo de 2010 decidiu pendurar as chuteiras aos 38 anos pelo Vissel Kobe. A missão dele é brindar o time com o troféu inédito. Villa terá ao lado os veteranos meias Andres Iniesta — segundo melhor do mundo em 2010 —, e o alemão Lucas Podolski. Todos sob o comando do treinador germânico Thorsten Fink. Lembra dele? Aquele que foi campeão da Champions League na temporada de 2000/2001 com a camisa do Bayern Munique.

Do outro lado, o Kashima Antlers aposta nos brasileiros para faturar o hexa e dar a primeira volta olímpica na arena dos Jogos de Tóquio-2020. Arthur Antunes Coimbra, o Zico, é o diretor técnico do time campeão da Copa do Imperador em 1997, 2000, 2007, 2010 e 2016. Depois de brindar o Red Bull Bragantino com o título da Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico e ex-zagueiro Antonio Carlos Zago pode conquistar o primeiro título no futebol japonês. O elenco conta com o atacante brasiliense Leandro, os meias Léo Silva e Serginho e o defensor Bueno.

A pouco mais de sete meses da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, o Estádio Nacional de Tóquio é um charme. Com capacidade para 68.089 espectadores, ampliável até 80.000, a arena fica localizada no bairro Kasumigaoka, no distrito de Shinjuku. Tem 47m de altura em uma área de 72.000m². Inspirado no templo budista de Horyull, o mais antigo do mundo erguido há 1.300 anos, o estádio chama a atenção pelo belíssimo projeto.

Depois de uma polêmica envolvendo a planta futurista da iraquiana-britânica Zaha Hadid, que morreu março de 2016, o japonês Kengo Kuma apostou em um projeto com a cara do Japão. O arquiteto chama a construção de Árvore Viva. Além da presença onipresente de 2.000m³ de madeira do cedro distribuídas na fachada e no teto, na parte externa do piso superior, 20 metros acima do nível do primeiro andar, haverá o chamado “Bosque do Céu”. Mais de 47 mil árvores de pequeno e médio porte foram plantadas no interior do palco principal dos Jogos. Todas enviadas por prefeituras de cidades japonesas numa tentativa de transformar o espaço em um ambiente ecológico, em harmonia com a natureza.

Há madeira na fachada, no teto, sistema de ventilação natural contra umidade e o calor entre 35 e 40 graus na época dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, 185 ventiladores e oito pulverizadores e projeto para o reaproveitamento da água da chuva. O Estádio Nacional fica a 30 minutos da Vila Olímpica — a casa dos atletas. É o espaço com mais bilhetes à disposição dos torcedores. Segundo balanço do Comitê Organizador Local, foram comercializados até agora 3,2 milhões de tíquetes. Ainda há 23 milhões de pedidos para as competições.

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Marcos Paulo Lima

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