Flamengo e Fluminense vão apresentar liminares para derrubar a interdição do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha e garantir a realização da partida tricolor contra o Corinthians, no próximo dia 16, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro; e rubro-negra diante do São Paulo no próximo dia 19. O advogado rubro-negro Michel Assef Filho disse ao blog na tarde desta quarta-feira que espera apenas receber a confirmação formal do fechamento da arena por parte do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tomar as medidas cabíveis em nome do clube carioca. O presidente Peter do Fluminense, Peter Siemsen, também deixou claro ao blog por telefone que já entrou na brigar para manter sua partida em Brasília. A Venda de ingressos inclusive já começou na internet e em postos físicos.
“O prazo para a definição do local da partida contra o São Paulo termina amanhã (quinta-feira) e se for preciso vamos entrar com uma liminar para assegurar o direito do Flamengo de mandar essa partida no Mané Garrincha. Esse jogo já estava programado para lá”, disse ao blog Michel Assef. Acontece que, até lá, o STJD pode punir tanto Flamengo quanto Palmeiras pelo confronto entre torcedores no último domingo, no Mané Garrincha. Logo, ambos podem ter de jogar algumas partidas do Campeonato Brasileiro com portões fechados.
O caso do Fluminense é ainda mais complicado. A venda de ingressos para a partida contra o Corinthians começou na segunda-feira e segue aberta. Por telefone, Peter Siemsen afirmou. “Nós já estamos lutando para que possamos mandar o jogo com o Corinthians aí”, avisou.
Michel Assef considera a interdição do Mané Garrincha inócua. “Se as alegações são de cunho estrutural, eu não vejo motivo para interdição. O estádio reúne todas as condições possíveis para receber uma partida de futebol”, alega. Se for segurança, eu tenho toda a documentação necessária para provar que não há motivo para interdição. Se a questão é a atitude da torcida, não é fechando um estádio que vai se resolver o problema da violência nos estádios”, analisa.
O advogado esteve na última terça-feira em Brasília e colheu provas para a defesa do Flamengo. “O policiamento era adequado, as normas de segurança foram adequadas. Agora, delinquentes podem tomar esse tipo de atitude em qualquer estádio e a repressão tem que ser à altura. Houve repressão. Tenho relatórios da PM, de reuniões, gravações. Não vejo motivo para a interdição do estádio. A preocupação do STJD deveria ser com a torcida, não contra estádio. Interditar estádio, portão fechado, jogo sem torcida, nada disso resolveu a violência até hoje”.