FBL-WC-CLUB-2025-PRESSER Gianni Infantino recebeu a imprensa no Trump Tower com seis Fifa Legends. FotoL Juan Mabromata/AFP Gianni Infantino recebeu a imprensa no Trump Tower com seis Fifa Legends. FotoL Juan Mabromata/AFP

Infantino acha Copa um sucesso, rebate críticas e se esquiva sobre a próxima

Publicado em Esporte

New York — O presidente Gianni Infantino recebeu a imprensa aqui nos Estados Unidos neste sábado, no Trump Tower, o badalado edifício arranha céu do presidente dos Estados Unidos na 5ª Avenida, onde a Fifa inaugurou escritório nesta semana, para um balanço da Copa do Mundo de Clubes da Fifa. Na véspera da decisão, o dirigente surgiu no palco acompanhado de lenda dos futebol como Ronaldo, Kaká, Del Piero, Roberto Baggio, Stoichkov e Cambiasso. Em alguns momentos, foi protegido por eles das perguntas mais embaraçosas.

 

Ronaldo Fenômeno, por exemplo, entrou em cena para rebater as críticas do ex-técnico do Liverpool, Jurgen Klopp, e do presidente de LaLiga, o Campeonato Espanhol, Javier Tebas, de que o evento não deveria sequer acontecer. “Eu vi só dois caras fazendo críticas sobre a Copa do Mundo de Clubes. Um deles odeia tudo que não é a Liga (Javier Tebas, presidente de LaLiga). O outro a gente respeita a opinião”, disse o jogador eleito três vezes melhor do mundo. Ronaldo foi dono do Valladolid, recém-rebaixado para a segunda divisão no Espanhol.

 

O búlgaro Hristo Stoichkov, protagonista da campanha da bela campanha do país na Copa de 1994 nos Estados Unidos, não citou o nome de Raphinha do Barcelona, mas mandou recado ao brasileiro sobre as críticas ao torneio por cauda do calendário da competição e o prejuízo às férias dos jgoadores.

“Em primeiro lugar: há muitas culturas diferentes, muita gente vem de vários países. É uma grande invenção. Como disse Ronaldo, não gosto das críticas. Há críticas positivas. Nessa Copa, vi muita gente alegre, muita gente que queria conhecer esse campeonato. Clubes que jamais em sua vida poderiam jogar isso”, destacou, para em seguida contra-atacar.

 

“Em algumas ligas europeias, alguns treinadores e jogadores se queixam, mas não estão aqui. Não estão vendo o que é o futebol. Estão de férias e criticando porque há muitos jogos. Quantos jogos estão jogando? A cada quatro anos, se jogam sete partidas. Na Europa, Champions League, Liga Europa, Liga das Nações, Copa das Confederações, Final Four… e aí não reclamam. Ninguém reclamam”, afirmou Stoichkov.

 

O craque eleito número 2 do mundo em 1994, atrás apenas de Romário, minimizou o impacto da maratona de jogos e referiu-se a Ronaldo e a Roberto Baggio ao argumentar. “Tenho aqui um cara que jogou comigo no Barcelona. Jogamos quase 60 partidas, fomos ao Mundial e jogamos a Copa de 1994 aqui nos Estados Unidos. A mentalidade ganhadora tem que surgir em cada jogador e treinador. Temos que dar exemplo. As críticas não servem para nada, simplesmente servem para defender as nefastas coisas que estão fazendo. Os clubes recebem uma quantidade de dinheiro que é fundamental para os times que não estão aqui, porque nenhuma federação dá dinheiro a clubes que não estão aqui”, argumentou.

 

A seguir, o Blog Drible de Corpo destaca os principais trechos da entrevista coletiva do presidente da Fifa no evento desta manhã.

 

O que disse Gianni Infantino 

 

» Balanço da Copa
Foi um enorme sucesso. E digo isso por diferentes pontos de vistas. Estou aqui com essas lendas incríveis (jogadores lhistóricos). Eles fazem nosso coração bater. Tem muitas coisas positivas, algumas negativas. Teremos 500 milhões de pessoas assistindo à final.

 

» Pioneirismo do torneio
Eu queria inventar a Copa do Mundo, mas já inventaram há mais de 100 anos. Eu respeito a todos e todas as opiniões. Eu tinha a minha opinião antes, e agora tenho uma opinião ainda mais forte. É uma competição fantástica, é uma festa, é alegria. Não tenho palavras. Nós tivemos a aprovação dos fãs, do governo dos Estados Unidos. Nós trabalhamos juntos para fazer algo positivo.

 

» Entrega do produto
O entusiasmo das pessoas, dos fãs e a qualidade dos jogos provam que essa competição foi um sucesso enorme, mas tentaremos melhorar. Estamos muito felizes de vermos nossos fãs contentes. Futebol é para ele. Acredito que fizemos um grande trabalho.

 

» Críticas de Klopp e de Tebas
Acho que a primeira coisa que temos a dizer é que a opinião dos europeus não é de que a Copa do Mundo é muito ruim para os clubes, isso não é verdade. Há grandes times aqui. Ficaram felizes de virem para cá. Alguns times não puderam porque não se classificaram, alguns nos procuraram para tentar participar. Há vozes que fazem críticas negativas, nós respeitamos. Diferentes opiniões são importantes para todos.

 

» Nível técnico
Times de seis diferentes continentes fizeram pelo menos um ponto. Times do México, do Estados Unidos e da Arábia Saudita passaram. Al-Hilal eliminou o Manchester City, o que foi uma enorme surpresa. Nenhuma liga no mundo, exceto a Premier League, tem média de 40 mil por jogo. O mundo está curtindo esse futebol de nível top. Top, top, top.

 

» Último capítulo
A final entre PSG e Chelsea reúne duas equipes incríveis, que perderam apenas um jogo cada. Chelsea perdeu para o Flamengo, PSG perdeu para o Botafogo. Para mim, o presidente da Fifa, esses dois times, que são dois grandes europeus, têm jogadores de cinco diferentes continentes. Cinco continentes estão presentes na final, e eles podem ganhar pela primeira vez a Copa do Mundo de Clubes da Fifa (O Chelsea pode ser bicampeão contando desde 1960).

 

» Próximo capítulo
Eu gosto da expressão “carpe diem”, do latim. Aproveite o momento. Vamos aproveitar o dia, nem realizamos ainda tudo que estamos vivendo. É um momento histórico.

 

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