Construído por R$ 55.429.383,94. Estádio do histórico Brasil 6 x 2 Portugal, com os melhores do mundo de 2007 (Kaká) e 2008 (Cristiano Ronaldo) dentro das quatro linhas. Palco da noite de gala de Luis Fabiano, autor de três gols. Cenário da briga entre Cristiano Ronaldo e Marcelo, que hoje são amigões. Endereço do sexto título brasileiro conquistado pelo São Paulo, em 2008, na vitória por 1 x 0 sobre o Goiás. Palco do tetra do Brasil no Mundial Sub-17 em 2019, numa virada épica por 2 x 1 contra o México.
Inaugurado em 19 de novembro de 2008, o novo Estádio Bezerrão, no Gama, faz 13 anos nesta sexta-feira, sem condição para a prática do futebol. Falta gramado. O segundo maior estádio do Distrito Federal necessitará de um piso novo do zero depois da controversa cessão do campo à instalação de hospital de campanha no auge da pandemia. A estrutura está sendo desmontada e a expectativa, agora, é pelo investimento do GDF para a devolução de um campo caríssimo depois de uma trapalhada na logística.
Em 2019, a Fifa aplicou mais de R$ 1 milhão na adaptação do campo aos padrões exigidos para a realização do Mundial Sub-17. Ficou um brinco. O estádio foi o palco principal do evento. Os investimentos se deram no reforço híbrido com grama sintética e na tubulação. O dinheiro injetado pela entidade máxima do futebol foi para o ralo graças a uma falha grave de comunicação na logística — transporte e instalação do hospital de campanha.
Em março, o blog revelou que o desconhecimento da planta do Centro Olímpico do Gama foi definitiva para a montagem do necessário hospital de campanha dentro — e não fora — do gramado do Bezerrão. O plano original do Governo do Distrito Federal era instalar a estrutura no ginásio. O local, inclusive, havia sido apresentado a parlamentares federais, distritais e empresários pelo governador do DF em uma reunião em 12 de março deste ano.
No entanto, o destino final da entrega da estrutura para a montagem do hospital de campanha foi o gramado do Bezerrão. Diante do risco de o gramado ser danificado pelas manobras do motorista da carreta, que estava tão somente cumprindo ordem, portanto isento de culpa, o GDF fez uma última tentativa. Tentou montar o hospital no estacionamento. Porém, uma análise técnica identificou que havia desnível de 2,4m no piso e a solução final foi devolver o material ao campo do Bezerrão. O ginásio do Gama foi considerado de pequeno porte. A falta de ventilação no local também virou um impasse.
O fato é que o hospital de campanha saiu de lá, e o gramado em que Kaká e Cristiano Ronaldo desfilaram em 2008; Rogério Ceni ergueu a taça de hexacampeão do Brasileirão no mesmo ano e o Brasil ganhou o tetra no Mundial Sub-17 de 2019 está detonado. Simplesmente não existe mais.
O blog conversou com duas fontes e ambas são unânimes: é preciso refazer o gramado do zero. Um dos interlocutores indica que será necessário tirar uma camada superficial. Lamenta a concretagem em cima do piso. Diz que fincaram estacas e o campo ficou deformado. A obra demanda reavaliação da drenagem, replantio e renivelamento da grama.
Outra fonte com quem conversei aponta os mesmos problemas. O peso dos caminhões e maquinários abalaram o nivelamento do gramado. Ele confirmou a colocação de concreto em cima do campo e confirmou a necessidade de reconstrução completa do piso devido à danificação da drenagem, do sistema de irrigação e do gramado pelo excesso de peso.
Ao blog, a secretária de Esporte Giselle Ferreira disse que a reforma do gramado vai começar logo, mas precisa de análise técnica. Duas empresas visitaram a arena nesta semana e estão confeccionando relatório sobre a situação do campo.
Há previsão orçamentária para o replantio do gramado do Bezerrão embutido no projeto da construção do hospital de campanha. Na análise de uma fonte, a verba será insuficiente para o tamanho do desafio. A empresa Paleta Engenharia e Construções Ltda. venceu o certame com oferta de R$ 6,8 milhões para erguer o hospital de campanha. Principal usuário do Bezerrão, o Gama está sem teto para a disputa do Candangão 2022.
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