Argentinos rejeitam Mané Garrincha como plano B para decisão da Libertadores 2019 e alegam que o Brasil receberia duas finais consecutivas

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De olho na crise no Chile, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, ofereceu o Mané Garrincha nesta terça-feira ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, como plano B caso a entidade desista de organizar a final da Copa Libertadores da América entre Boca Juniors ou River Plate e Flamengo ou Grêmio no Estádio Nacional, em Santiago, como antecipou a colega do Correio Braziliense Ana Maria Campos no blog CB.Poder.

Na última quinta-feira, Brasília perdeu para o Estádio Mário Kempes, em Córdoba, na Argentina, o direito de hospedar a final da Copa Sul-Americana de 2020. O blog apurou que os estádios Centenário e Campeón del Siglo, ambos em Montevidéu, também estão na mira da Conmebol.

Uma fonte da Conmebol confirma a intenção de Brasília, mas indica que Boca Juniors e River Plate preferem campos neutros (fora do Brasil e da Argentina) caso haja necessidade de mudança. Os dois clubes alegam nos bastidores que a decisão da Libertadores do ano que vem será disputada no Brasil — o Maracanã (Rio de Janeiro) completará 70 anos e conquistou a indicação na semana passada. Em último caso, consideram que a Argentina teria esse direito para evitar duas decisões seguidas dentro do Brasil. Em meio à guerra de interesses, a Conmebol mantém a decisão em Santiago até segunda ordem. Países de fora da América do Sul também monitoram o início do impasse. No ano passado, a final foi parar em Madri.

Receber a Libertadores seria novidade apenas para o novo Mané Garrincha. O antigo recebeu partida do torneio em 26 de março de 1991. Candidato a finalista deste ano no duelo com o Grêmio pela semifinal, o Flamengo recebeu o Bella Vista. Foi um jogo dramático. O time uruguaio abriu o placar com Navarro. O rubro-negro só empatou a partida aos 44 minutos do segundo tempo, graças ao meia-atacante Marcelinho Carioca.

Palco da inédita final em jogo único da Libertadores em 23 de novembro, o Chile enfrenta protestos violentos iniciados na semana passada devido ao aumento nas tarifas do metrô. Foi a gota d’água para a insatisfação popular registrada nos últimos anos. Lembra a onda de manifestações no Brasil devido ao reajuste no valor das passagens de ônibus em 2013.

O governo decretou estado de emergência, impôs toque de recolher em várias cidades, inclusive na capital Santiago, a cidade foi militarizada, e até o momento há registro de 11 mortos, mais de 280 feridos e 2.151 prisões. No domingo, o governo se referiu aos protestos como inimigo implacável e que está em guerra contra os opositores.

A Conmebol sustenta a realização da final em Santiago, mas vai na contramão da Associação Chilena de Futebol. A rodada do campeonato nacional foi paralisada devido aos protestos. Não há garantia de segurança para a realização de jogos de futebol no país. Em nota, a Conmebol pondera que que levará em conta a “segurança dos clubes, jogadores, torcedores e meios de comunicação credenciados, para que o único protagonista seja o futebol sul-americano”. No ano passado, questões de segurança envolvendo as torcidas do Boca e do River levaram a decisão da Libertadores para o Santiago Bernabéu, em Madri.

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Marcos Paulo Lima

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