Gols de “refugos” europeus contra o Juventude fortalecem a política de contratações do Flamengo

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A vitória do Flamengo sobre o Juventude por 3 x 1 na noite desta quarta-feira pelo Brasileirão significa mais do que a persistência na caça ao líder disparado Atlético-MG. Fortalece uma das políticas de contratação da atual gestão. Os três gols foram marcados por jogadores novos que ainda não vingaram no futebol europeu, mas são muito acima da média no futebol nosso país.

Emprestado pelo Chelsea ao Flamengo, Kenedy desencantou no estilo Kenedy. Bagunçou a defesa do Juventude pela direita, tabelou com Pedro e finalizou para abrir o placar. Contratado pelo clube londrino, o atacante perambulou por Watford, Newcastle, Getafe e Granada. Ele não balançava a rede desde 22 de abril na goleada do Granada por 4 x 1 contra o Eibar pela 31ª rodada da temporada passada do Campeonato Espanhol.

Comprado pelo Flamengo depois da passagrem frustrada na Fiorentina, Pedro é um reserva com excelente custo-benefício. Raramente nega fogo ao ser acionado. Tem 17 gols em 41 jogos nesta temporada. Sete deles no Brasileirão. Youri Alberto é o artilheiro isolado com 11. Basta lembrar que Pedro é reserva de Gabriel Barbosa. Hulk, por exemplo, soma 10 bolas na rede.

Andreas Pereira é um achado. Quando se imaginava a queda de rendimento do meio de campo do Flamengo depois da venda de Gerson para o Olympique de Marselha, o jogador emprestado pelo Manchester United desembarcou no Rio para tomar conta do pedaço. Diego Ribas não será titular nem quando estiver 100% fisicamente. Hoje, Andreas é o dono da posição.

Kenedy e Andreas Pereira trêm 25 anos. Nasceram em 1996. Pedro é um ano mais jovem do que os companheiros. Tem a mesma idade de Thiago Maia, outro jogador repatriado da Europa pelo Flamengo. Noites perfeitas como a desta quarta-feira contra o Juventude comprovam a necessidade de estar atento, focado aos movimentos do mercado da bola.

Quem não serve ou passa pelo drama da adaptação na Europa pode — e deve — enxergar o retorno ao futebol brasileiro não como retrocesso, mas uma oportunidade de recomeço. Bruno Henrique não se firmou no Wolfsburg. Gabriel Barbosa travou na Internazionale e no Benfica. Hoje, ambos formam no Flamengo uma das melhores duplas de ataque do Brasil.

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Marcos Paulo Lima

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