Fernando Diniz faz uma temporada ótima. O Fluminense encanta. Ponto. Mas o técnico tricolor sofre com um problema antigo. Ele nunca teve nas mãos um elenco sortido como os de Flamengo e Palmeiras, por exemplo. Por isso, vira refém do time principal. É escravo do onze ideal e o repete a exaustão. O problema é quando as competições começam a se misturar no calendário insano do futebol brasileiro. Diniz costuma se perder na tomada de decisões. Foi assim, por exemplo, quando liderava a Série A, em 2020, com sete pontos de vantagem, e administrava a possibilidade de conquistar a Copa do Brasil e o Brasileirão. Perdeu ambas na reta final.
O treinador tricolor se viu nesse dilema antes da derrota por 4 x 2 para o Fortaleza. Preocupado com o duelo de terça-feira, no Maracanã, contra o River Plate, ele escolheu poupar as principais peças na Arena Castelão. Um risco mal calculado. Por que força máxima contra o Paysandu na Copa do Brasil e um time alternativo diante do Fortaleza? O Tricolor do Pici não é um time qualquer. Tem trabalho sério do argentino Juan Pablo Vojvoda. A prova disso é o triunfo imponente de um time que sabe há muito tempo o que fazer com a bola. As presenças em torneios como a Libertadores e a Sul-Americana e as boas campanhas em torneios como a copa do Nordeste e a Copa do Brasil deram lastro para o Fortaleza peitar qualquer gigante do país. Neste sábado, sobrou para o Fluminense.
O ex-líder do Brasileirão provou do próprio veneno. Arias, por exemplo, é uma tormenta para os adversários do Fluminense. No entanto, ele foi um dos poupados para o duelo com o River Plate. O Fortaleza também tem seu Arias. Moisés aprontou um fuzuê no Castelão. Que exibição de gala do atacante catarinense de 26 anos. Foram dois gols fora a velocidade e o repertório de dribles.
O Fluminense não suportou a proposta de um jogo franco com o Fortaleza, a chamada trocação. Se não fosse a atuação do veterano goleiro Fábio, o tricolor teria perdido de mais na casa do adversário. Foram pelo menos cinco defesas relevantes no contexto da partida. Diniz ainda tentou esboçar reação mandando a campo Keno, Cano, Ganso e Arias, mas estava totalmente dominado por um mandante em tarde inspiradíssima.
O Fortaleza dorme na liderança do Brasileirão e colocará o secador na tomada neste domingo, às 16h, para que o Botafogo não vença o Flamengo no clássico carioca do Maracanã. O alvinegro pode virar líder isolado com 100% de aproveitamento. Ao Fluminense, resta uma lição. Diniz precisa articular com os auxiliares a formação de um time misto ou alternativo, como queiram, mais competitivo e confiável para partidas difíceis como a deste sábado. É o desafio para quem sonha grande em uma temporada que começou muito bem com a conquista do Carioca.
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