bolsonaro_no_mane_garrincha_acompanhando_jogo_entre_flamengo_e_botafogo__1_-7929336 Em maio, Bolsonaro esteve no clássico entre Flamengo e Botafogo. Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press Em maio, Bolsonaro esteve no clássico entre Flamengo e Botafogo, no Mané. Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press

Flamengo x Juventude: aliados nas Eleições 2022, Ibaneis Rocha e Bolsonaro irão ao Mané Garrincha

Publicado em Esporte

Aliados nas eleições deste ano em acordo oficializado na última terça-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), terão um teste de popularidade nesta quarta-feira, às 20h30, no lotado Mané Garrincha, na partida entre Flamengo e Juventude pela penúltima rodada do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Como informou o Correio Braziliense mais cedo, todos os 65 mil ingressos colocados à venda foram comercializados até as 14h. O blog apurou com fontes vinculadas às duas autoridades que ambos confirmaram presença nas tribunas de honra. O rubro-negro Ibaneis, inclusive, esteve na arena no último sábado na vitória por 2 x 0 contra o Coritiba.

 

Com a presença de tantas autoridades, os promotores da partida e a Arena BSB, concessionária responsável pela gestão do Mané Garrincha, alertam os torcedores para a necessidade de chegarem mais cedo ao estádio a fim de evitar filas quilométricas e tumultos nos portões de acesso, como aconteceu no clássico carioca disputado em maio entre Flamengo e Botafogo. À época, houve confusão e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios entrou em ação. Os portões serão abertos às 17h30, ou seja, três horas antes do apito inicial da partida agendada para começar às 20h30.

 

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) inspecionou o Mané Garrincha, fez as recomendações necessárias e o aparato foi montado para receber não somente o palmeirense e botafoguense Bolsonaro, mas, também, o vice. O general Mourão é flamenguista assumido. Daqueles de usar a máscara do clube carioca no dia a dia em tempos de pandemia do novo coronavírus. Alguns ministros participarão da caravana. Em maio, o presidente esteve na arena na vitória do Botafogo contra o Flamengo, por 2 x 1. 

 

As idas de Bolsonaro ao Mané Garrincha são sempre uma espécie de troféu pessoal. O presidente foi o principal aliado do Flamengo para a retomada do futebol, em julho do ano passado. Depois do reinício das competições, ele iniciou uma cruzada pela volta do público aos estádios. Esteve ao lado do clube de maior torcida do país também na trama para a mudança da lei de transmissão dos jogos — a chamada Lei do Mandante, sancionada posteriormente com o nome de Lei do Futebol Livre. 

 

Bolsonaro é parceiro de primeira hora do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim. Ele até convidou o dirigente para assumir cargo executivo na Petrobras. O cartola desistiu depois da crise causada pelas sucessivas derrotas para o Fluminense no início da temporada, a principal delas na finalíssima do Campeonato Carioca. 

 

Embora Bolsonaro tenha confirmado presença no Mané Garrincha, há sempre o risco de reviravolta. O presidente costuma dar dribles nos cerimoniais. Inclusive no dele. Bate o martelo sobre a ida ou não ao estádio 30 minutos antes de jogos ou eventos no estádio. 

 

Em fevereiro de 2020, mudou de ideia pelo menos três vezes sobre a presença no culto evangélico The Send Brasil. Apareceu de surpresa em jogos improváveis do Mundial Sub-17 da Fifa, no Estádio Bezerrão, no Gama. Foi ver jogo da Itália no torneio juvenil. Em 13 de junho, abriu mão de ir ao Mané Garrincha na partida de abertura da Copa América entre Brasil e Venezuela. Preferiu ver o jogo pela tevê, no Palácio da Alvorada.

 

Bolsonaro é visto com frequência no Mané Garrincha. Na vitória do Brasil por 2 x 0 sobre o Qatar, em 2019, ainda no velho normal, as tribunas do Mané Garrincha lembravam o vaivém no Congresso Nacional. Além dos principais ministros de Bolsonaro, parlamentares como Romário e Alexandre Frota estavam por lá. O ministro aposentado do STF, Marco Aurélio Mello, o ex-governador do Rio, Wilson Witsel, dois filhos de Bolsonaro, Flávio e Jair Renan, e deputados como Marco Feliciano transitaram pelo buffet oferecido aos políticos.

 

Em outras partidas, como a decisão da Supercopa do Brasil de 2020 entre Flamengo e Athletico-PR, esteve no estádio a tiracolo com o ex-ministro da Justiça, hoje desafeto, Sergio Moro. Ambos bateram o ponto, também, em jogos do clube pelo Brasileirão. Estavam juntos, por exemplo, na vitória rubro-negra sobre o CSA, em 2019.

 

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