Ex-presidente defende que o Fla mude para Brasília se escolher o Mané como casa rubro-negra

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Presidente do Flamengo de 1995 a 1998 e influente na política e no futebol do clube, Kleber Leite é contra a definição do Estádio Mané Garrincha, em Brasília, como casa rubro-negra no restante da temporada. A menos, segundo ele, que a comissão técnica e o elenco se mudem de mala e cuia para a capital do país. Pelo menos é o que ele deixou claro na última segunda-feira em seu blog, um dia depois de o técnico Muricy Ramalho dizer publicamente ao presidente Eduardo Bandeira de Mello que o clube precisa definir em qual estádio vai mandar seus jogos, principalmente no Campeonato Brasileiro.

Kleber Leite deixa claro a sua opinião sobre o Mané Garrincha. “Com todo respeito, discordo. Não por Brasília ou pelos torcedores rubro-negros que lá moram. Apenas por uma questão de lógica, até porque, e com toda razão, Muricy faz o apelo para o Flamengo ter uma casa, a fim de evitar o desgaste dos jogadores com as sucessivas viagens”, explica o ex-mandatário rubro-negro.

Na opinião de Kleber Leite, se o Flamengo escolher o Mané Garrincha para chamar de sua casa, a diretoria deve se instalar de vez em Brasília, até que o Maracanã ou o Engenhão sejam reabertos. “Eu até concordaria com a ideia, desde que todos os jogadores se mudassem temporariamente para Brasília. Se isto não acontecer, o espírito cigano será minimizado na quantidade de cidades, porém, pouca diferença fará no número de horas viajadas, já que, como visitante, ou como mandante, o time sempre viajará, mesmo que, como mandante, para a mesma cidade”, escreve Kleber Leite.

O empresário encerra o discurso aconselhando Eduardo Bandeira de Mello a seguir o exemplo de um arquirrival. “A melhor solução foi adotada pelo Botafogo, que fez de São Januário a sua “casa”, enquanto Maracanã e Engenhão estiverem indisponíveis. Em síntese, defender a tese de fazer de Brasília a “casa rubro-negra” pode ser bom por qualquer outro motivo, menos o de se evitar um desgaste físico em função das viagens”, encerra Kleber Leite.