A escola portuguesa de técnicos vive de conquistas como as do tempo das grandes navegações. José Mourinho acaba de fazer 60 anos. Ele inaugurou uma era de conquistas. O último time de fora das cinco principais ligas da Europa campeão da Champions League é o Porto, em 2005, guiado justamente pelo Special One. Fernando Santos brindou os lusitanos com a Euro-2016. Jorge Jesus e Abel Ferreira fincaram a bandeira na banda de cá do Oceano Atlântico com títulos no Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil e na Libertadores.
O auge do sucesso do sucesso da escola portuguesa aconteceu na Europa League na temporada de 2010/2011. De um lado estava André Villas-Boas no comando do Porto. Do outro, Domingos Paciência e seu Sporting Braga no duelo disputado no Aviva Stadium, em Dublin, na Irlanda, para o continente inteiro assistir. O colombiano Falcao Garcia balançou a rede e fez o gol do título por 1 x 0.
Portanto, a Supercopa da Europa viverá um dia de Europa League neste sábado, às 16h30, no Mané Garrincha. Haverá um duelo português no campo das ideias. Abel Ferreira pelo Palmeiras e o compatriota Vítor Pereira no Flamengo. Sim, ambos se enfrentaram no dérbi paulista, mas o confronto de hoje vale título.
O técnico rubro-negro tem no currículo a Supertaça Cândido de Oliveira em 2011 e em 2012; e a Supercopa da China na versão de 2019. O treinador alviverde busca o primeiro dele. Amargou o vice, em 2021, justamente contra o Flamengo, no Mané Garrincha.
Trata-se de uma decisão lusitana em solo brasileiro com características da Liga Europa de 2011. Nada disso é obra do acaso. A escola portuguesa terá sete técnicos na primeira divisão do país em 2023. Profissionais da Terra de Camões estão entre os preferidos da CBF à sucessão de Tite na Seleção Brasileira. Portanto, há um contexto por trás da queda de braço entre Abel Ferreira e Vítor Pereira na tarde de gala dos sonhos da escola portuguesa no Mané Garrincha.
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